1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

Resistência de união de cerâmicas odontológicas condicionadas com o sistema de plasma atmosférico

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Gases em Plasma , Cerâmica, Resistência ao Cisalhamento

O objetivo deste estudo foi avaliar a resistência de união ao cisalhamento de um cimento resinoso autoadesivo a quatro cerâmicas odontológicas tratadas com plasma atmosférico. Foram utilizados vinte e quatro blocos de cerâmicas (4 mm largura, 14 mm comprimento, 2 mm espessura), que foram previamente abrasionados com óxido de alumínio (90 ¼m), divididos em 12 grupos / n=8 cilindros por grupo. O cimento resinoso RelyX U200 (3M ESPE) foi unido às cerâmicas reforçadas por leucita Creapress (CRE-Creation/Klema), Finesse All-Ceramic (FIN-Dentsply/Ceramco), IPS Empress Esthetic (IEE-Ivoclar Vivadent) e Vita PM9 (PM9-Vita), com três tratamentos das cerâmicas: 1. Controle / ácido hidrofluorídrico (HF); 2. Plasma atmosférico (AP); e 3. Combinado (HF+AP). Após os tratamentos das superfícies e silanização, quatro matrizes do tipo Tygon foram posicionadas sobre cada bloco e preenchidas com o cimento resinoso (fotopolimerização de 40 segundos). As matrizes foram removidas para expor os corpos de prova (cilindros com área de 0,38 mm2) e as amostras armazenadas a 37±2°C por 24 horas em água destilada. Os corpos de prova foram testados em cisalhamento em uma máquina universal de ensaios Instron (com a força aplicada na base dos cilindros com um fio de aço 0,25 mm) a uma velocidade de 0,5 mm/min, até a falha. Os resultados foram analisados pela Análise de Variância (tratamentos e cerâmicas) e teste de Tukey (p<0,05). Comparando os tratamentos dentro de cada cerâmica, para a CRE o tratamento com o plasma atmosférico resultou em menor resistência de união. Para a FIN, o tratamento combinado resultou em maior resistência de união. Para as cerâmicas IEE e PM9 não houve diferença estatística para os diferentes tratamentos de superfície, porém com maiores médias de resistência de união para a IEE em relação às demais cerâmicas. O tratamento com plasma atmosférico é cerâmica-dependente. A sua utilização combinada com o ácido hidrofluorídrico pode ser uma opção viável para ampliar a resistência de união, porém mais estudos de longevidade da união devem ser realizados.

Apoio / Parcerias: VCU, Virginia Commonwealth University, Dental School, Richmond, Virginia, USA

ISSN: 1808-1665