1ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 03/11/2014 à 07/11/2014

A variação linguística do inglês irlandês

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville, Brasil

Palavras-chave: variação linguística, língua inglesa , irlandês

A questão da variação linguística é um tema com grande importância na atualidade. A língua viva não é uma entidade uniforme e padronizada, como nos fazem crer os livros de gramática prescritiva, e pouco e pouco se torna necessário romper com essa visão não apenas em relação à língua materna, mas também em relação a outras línguas. Do mesmo modo que o português, o inglês também possui suas diversas camadas, variações tantas que melhor seria falar em “línguas inglesas” do que em “língua inglesa”. Dentre essas variações, o inglês irlandês ou hiberno-inglês representa um objeto de estudo único, por possuir características específicas e vários elementos que divergem em relação à norma-padrão. Falado em toda a Irlanda, o inglês irlandês é histórica e culturalmente importante, por se tratar do resultado da substituição da língua gaélica nativa pelo inglês através de processos de colonização, e inclui diversas influências do substrato nativo em sua fonética, vocabulário e sintaxe. Ao mesmo tempo, é uma variação do inglês com a qual muitos brasileiros entram em contato atualmente, pelo fato de a Irlanda se mostrar cada vez mais como um destino atraente para estudo de língua inglesa no exterior. Sendo assim, o objetivo desta pesquisa foi averiguar a formação e as diferenças existentes entre o inglês irlandês e a norma-padrão do inglês, considerando modos de trabalhar essa variação em sala de aula. A metodologia utilizada foi exploratória e bibliográfica, utilizando para a análise obras que adentram a variação irlandesa do inglês em todas as suas especificidades, em particular os estudos de Hickey (2007) e Filppula (1999), assim como arquivos de áudio para a compreensão de sua fonética. A análise realizada permitiu a entendimento de usos divergentes da norma padrão na sintaxe, especialmente no uso de dois tempos verbais a mais, o “habitual” e uma forma extra do perfectivo; na fonética, particularmente no que tange à pronúncia das consoantes; e no vocabulário comum, com diversas palavras emprestadas do gaélico, alguns arcaísmos de formas antigas do inglês, assim como emprego de palavras usadas em outras variações, mas com significados diferentes. Por fim, foram pensadas três atividades para serem trabalhadas no ensino de língua inglesa, envolvendo a cultura, o vocabulário diferenciado e a pronúncia específica da variação irlandesa, tendo como função explorar a existência de diversos usos que o inglês apresenta internacionalmente.

ISSN: 1808-1665