A palavra bullying (do inglês - intimidar ou amedrontar) tem sido utilizada para definir ações de violência física e/ou psicológica que se repetem várias vezes sem uma motivação específica, especialmente entre crianças e jovens. A escola é o local onde a implicância, a discriminação, o deboche e as agressões verbais e físicas são muito mais frequentes do que o desejado. Na internet, esse comportamento violento tem se potencializado, causando humilhações cada vez mais frequentes e intensas. Esse tipo de violência tem sido denominado de cyberbullying. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada mesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe de quem se defender. Nesse sentido a escola precisa desenvolver ações que previnam a expansão do cyberbullying. Segundo Loureiro (2004), a transformação mais duradoura desse comportamento violento só poderá ocorrer com base em princípios voltados ao bem comum e que serão efetivados pela educação. O projeto de extensão “a linguagem da não-violência: uma possibilidade para a construção da cultura da paz - Edupaz” tem o objetivo de desenvolver ações que conscientizem as pessoas que a linguagem pode estar impregnada de violência e que é pelo diálogo que os conflitos e as diferenças devem ser resolvidos. Para tanto, tem sido desenvolvidas oficinas e palestras abordando a temática do cyberbullying. A metodologia utilizada é a leitura crítica de diferentes gêneros discursivos com base na Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2001), o que possibilita a desnaturalização da violência, a qual está contida na prática discursiva e social. As atividades proporcionam o envolvimento dos participantes com a temática da não violência e ajudam a desenvolver o senso ético em direção à construção da cultura da paz.