Esta produção apresenta o resultado de pesquisa sobre o processo de construção do espaço urbano de Joinville – Santa Catarina, que subsidia a análise do fenômeno de verticalização tardia que se verifica na cidade. A pesquisa analisa o processo de produção do espaço urbano da cidade de Joinville, em uma janela temporal dividida em duas partes: a primeira, referente ao período colonial-comunal (1851-1866), marcada pelo isolamento parcial da colônia; e a segunda, referente ao período de vida institucional integrada ao estado brasileiro e à fase pré-industrial da economia local (1866-1942). As análises resultam de levantamento bibliográfico da historiografia local para a identificação de representantes da elite comercial, industrial e política, bem como dos respectivos locais de residência ou de desenvolvimento das atividades econômicas, seguido de registro cartográfico. Os resultados mostram a materialidade de parte do processo histórico da organização socioespacial de Joinville que resultaram na produção do centro principal e do não-centro, que inclui interessante processo de diferenciação espacial étnica e de renda. Ficam claramente evidenciados dois aspectos: 1) A dinâmica de ocupação do espaço da elite local corroborou para a criação do centro principal e de signos que influenciam valorização da terra urbana e a verticalização da cidade; e, 2) Movimentos relacionados às atividades econômicas das elites locais, contribuíram para a dinâmica demográfica local e a constituição do não-centro de Joinville.