2ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 09/11/2015 à 10/11/2015

Influência do atenolol presente em formulações inovadoras na fertilidade de Daphinias magna como marcador de risco de toxicidade ambiental

Palavras-chave: Formulação inovadora atenolol, fertilidade de daphinias, risco de toxicidade ambiental

INTRODUÇÃO: Em se tratando da poluição emergente relacionada a produtos farmacêuticos, os medicamentos com formulações inovadoras merecem um destaque a parte por apresentarem – em tese - um comportamento diferente dos que já estão disponíveis a mais tempo no mercado, podendo ter um perfil diferenciado frente ao impacto ambiental que possa vir a causar. Com o crescente aumento no número de hipertensos no mundo, houve um consequente aumento do consumo de fármacos anti-hipertensivos, merecendo destaque os ² bloqueadores, que em algumas situações vem sendo formulados para terem liberação prolongada. Este tipo de formulação pode alcançar o meio ambiente, - visto que no Brasil não se tem política de recolhimento reverso de medicamentos - seja com validade vencida ou não ou até mesmo por meio de efluentes que são descartados nos rios e esgotos pelas indústrias farmacêuticas. A problemática em questão reside no questionamento sobre a existência ou não de impacto ambiental das fórmulas de liberação prolongada do atenolol, e se tais impactos são passíveis de serem detectados por técnicas que utilizem Daphnias magna como organismo para biotestes de contaminação. OBJETIVO: Este trabalho objetiva analisar então a existência de alterações comportamentais que impliquem em risco ambiental, pela análise em tempo real de formulações de uso terapêutico de atenolol. RESULTADOS: Houve alteração significativa na fertilidade nos testes crônicos das Daphnias magnas estudo, sendo a formulação inovadora a que mais impactou neste parâmetro frente ao controle. Outras formulações e o atenolol puro apresentaram alterações também neste quesito. Apesar de não apresentar risco evidente de morte, as alterações surgidas abrem discussão para a análise do risco de toxicidade para um tempo além do recomendado para cronicidade para verificar se tal fenômeno implica em risco ou se ocorre adaptação, fato este que refuta a hipótese de toxicidade.

ISSN: 1808-1665