2ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 09/11/2015 à 10/11/2015

Influência da carbamazepina e oxcarbazepina na fertilidade de Daphinia magna e a avaliação de risco de toxicidade deste fenomeno

Palavras-chave: Poluentes emergentes, fertilidade de daphinias, carbamazepina e oxcarbazepina

INTRODUÇÃO: Existe uma crescente preocupação com a qualidade dos recursos hídricos disponíveis no planeta, pois mesmo com a abundância deste recurso, teme-se que a velocidade de despejo de resíduos possa afetar a recuperação e o tratamento deste recurso, tornando-o em quantidades insuficiente para atender as necessidades humanas adequadamente e livre de agentes tóxicos. Alia-se a esta preocupação a questão dos chamados poluentes emergentes, produtos que anteriormente não estavam nas pautas de discussões ambientais; seja pelo desconhecimento de seu impacto ou pelo fato de anteriormente não serem encontrados em quantidades comprometedoras a saúde humana e ao meio ambiente. Em estudo realizado por Leclercq, et al (2008) foi observado que tanto a carbamazepina como a oxcarbazepina foram detectadas em águas residuais tratadas, não sendo os sistemas adotados para remoção de compostos orgânicos, como o lodo ativado, capazes de remover tais compostos . Em efluentes urbanos, Gagné, et al (2006) demonstrou que a média de contaminação em aguas urbanas está na faixa de 0,25 µ L -1 destes contaminantes; o que a princípio não traz riscos à saúde humana, mas a exposição a longo prazo pode trazer consequências que precisam ser avaliadas, visto que a água é um ambiente que contém diversos seres vivos, e o desequilíbrio ambiental pode afetar o homem de alguma maneira. OBJETIVO: Determinar a influência que a carbamazepina e oxcarbazepina exercem na fertilidade de Daphinas magna e discutir sobre a possibilidade desta alteração indicar algum risco ambiental a longo prazo. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Houve alteração significativa na fertilidade dos microcrustaceos quando em presença dos contaminantes, em relação ao controle. Oxcarbamazepina apresentou elevação no número de descentes que pode ser um indicador que a longo prazo possa influir na população destes microcrustáceos, alterando o equilíbrio no ecossistema. Estudos em um prazo superior ao considerado crônico são necessários para maiores conclusões

ISSN: 1808-1665