4ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 23/10/2017 à 26/10/2017

PRODUÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE MEMBRANAS DE CELULOSE BACTERIANA INCORPORADAS COM EXTRATO DE CALÊNDULA

Palavras-chave: celulose bacteriana, calêndula, Gluconacetobacter hansenii

Ao longo da história, o uso de plantas e produtos naturais ocupam um papel de destaque na sociedade, sendo apreciada em todos os cantos da terra como um recurso terapêutico pela medicina tradicional e popular. Inicialmente, o emprego dessas plantas se dava na forma de tinturas, chás, cataplasmas e pós, entre outras formulações farmacêuticas e com os avanços da tecnologia têm sido possível desenvolver novos produtos vegetais terapêuticos diferenciados, pois ao contrário das preparações tradicionais obtidas de plantas na medicina popular, a fundamentação científica e tecnológica proporcionou o desenvolvimento do medicamento fitoterápico, trazendo uma opção mais saudável com poucos efeitos colaterais e ausência de resíduos medicamentosos, por meio da biotecnologia. Dentre as diversas tecnologias usadas atualmente para esses fins, têm se destacado o uso de membranas de celulose bacteriana (CB) por apresentarem alto grau de pureza, maior cristalinidade, maior poder de absorção de água, além de um baixo grau de polimerização, melhor adaptabilidade, biodegradabilidade e biocompatibilidade, por essas características as membranas de CB apresentam grande potencial para incorporação de substâncias naturais para fins médicos. Partindo deste contexto, então seria possível desenvolver um conceito cientifico, aplicando a biotecnologia e a medicina milenar para fins cosméticos, então optou-se pelo uso da calêndula (Calendula officinalis L.) da família Asteraceae por possuir princípios ativos que tem efeitos anti-inflamatório, antisséptico, adstringente, analgésico e cicatrizante. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho envolve o estudo da incorporação de extrato de calêndula em membranas de celulose bacteriana utilizando a bactéria Gluconacetobacter hansenii ATCC 23765 de modo a desenvolver um possível novo biomaterial com propriedades inovadoras para utilização na área biomédica, em especial na área estética. Para tal, as membranas de CB foram produzidas pela bactéria Gluconacetobacter hansenii em meio de cultivo líquido, constituído de manitol (20 g/L), peptona (5 g/L) e extrato de levedura (5 g/L), purificadas com solução de 0,1 molar de NaOH em banho-maria a 80 ºC por 1 hora para remover impurezas bacterianas e posteriormente lavadas constantemente com água destilada até atingir o pH 7,0, sendo então armazenadas em água destilada. A incorporação do extrato vegetal foi feita pela técnica ex situ, onde as membranas foram imersas em 5 mL de extrato de calêndula e deixadas por 24 h, sendo viradas a cada 1 h durante 12 h. As membranas obtidas do extrato foram caracterizadas por espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), análise termogravimétrica (TGA) e testes de atividade antimicrobiana.

ISSN: 1808-1665