4ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 23/10/2017 à 26/10/2017

Relação entre a composição química e a atividade anticonvulsivante de preparações de folhas de Ocimum basilicum L.

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ocimum basilicum, anticonvulsivante, HPLC

O desenvolvimento de um medicamento fitoterápico inclui várias etapas que abrangem conhecimentos que vão da botânica à tecnologia farmacêutica, sendo que na etapa de transição da matéria-prima vegetal para um produto elaborado são fundamentais aspectos como a composição química das preparações e a eficácia do produto. O objetivo do trabalho é estabelecer correlação entre a composição fitoquímica de preparações de Ocimum basilicum e a atividade anticonvulsivante pré-clínica. A solução extrativa (SE) e formulação analisadas foram preparadas de acordo com trabalhos anteriores do grupo de pesquisa. Diversas amostras foram preparadas, com diferentes lotes de matéria-prima, visando identificar fatores que afetam a atividade farmacológica. Caracterizou-se o teor de resíduo seco (TRS) segundo a farmacopeia brasileira, o teor de flavonóides totais (TFT) por derivatização com cloreto de alumínio, e a análise de cromatografia líquida de alta eficiência, empregando-se coluna RP18, e um gradiente de metanol acidificado e água como eluente. As comparações das amostras em HPLC foram realizadas nas mesmas diluições, de SE obtidas pela mesma metodologia. As preparações obtidas entre 2008 e 2015, quando comparadas àquelas elaboradas entre 2016 e 2017, revelaram alteração expressiva no perfil de HPLC, indicada por um pico com tempo de retenção entre 1,12 e 1,26 minutos, o qual nas preparações mais recentes apresenta-se com intensidade muito maior. A SE de 2011, com 0,8±0,007% de TRS e 1,6 ±0,13 mg/g de TFT apresentou o referido pico com intensidade de, aproximadamente, 80 mV. Na formulação correspondente o pico tem 50 mV. A SE preparada em 2016 apresentou o mesmo pico com cerca de 1400 mV. A SE preparada em 2017, com TRS de 1,1 ±0,039%, apresentou o pico com 650 mV. Essas diferenças podem dever-se a fatores sazonais afetando o metabolismo vegetal secundário, uma vez que as preparações foram obtidas por matérias-primas coletadas no mesmo, porém, em diferentes épocas do ano. Em estudo anterior, a avaliação pré-clínica da atividade anticonvulsivante induzida por pentilenotetrazol em camundongos, não demonstrou eficácia do tratamento oral dos animais com as preparações obtidas em 2015. As novas preparações (2016 e 2017), que apresentam os níveis elevados da substância com baixo tempo de retenção no HPLC, terão sua eficácia pré-clínica avaliada, visando estabelecer se a elevada quantidade da referida substância é responsável pela atividade farmacológica. Esses testes são fundamentais para assegurar a constância da ação nas preparações farmacêuticas derivadas de Ocimum basilicum.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille CNPq

ISSN: 1808-1665