4ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 23/10/2017 à 26/10/2017

GUARANI E JÊ NA BAÍA DA BABITONGA – UM OLHAR ATRAVÉS DA TERRITORIALIDADE, CERÂMICA E RELATOS DE VIAJANTES DO SÉCULO XVI

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: Baía da Babitonga, Ocupação Indígena, Interdisciplinaridade

A pesquisa de iniciação científica intitulada “ Guarani e Jê na Baía da Babitonga - um olhar através da territorialidade, cerâmica e relatos de viajantes do século XVI”, está vinculada ao projeto guarda-chuva intitulado “Cultura material e patrimônio arqueológico pré-colonial da Costa Leste da ilha de São Francisco do Sul/SC – contribuição para uma arqueologia da paisagem costeira e estudos de etnicidade”. O projeto é vinculado ao Grupo de Estudos Interdisciplinares em Patrimônio Cultural/Geipac, na linha Arqueologia e Cultura Material/Arquocult e contou com o financiamento do Fundo de Apoio à Pesquisa da Univille (FAP) e FAPESC. Além disso, contou com bolsa de fomento à pesquisa pelo Governo do Estado de Santa Catarina (Fumdes/171). O presente trabalho é resultado da pesquisa e revisão bibliográfica sobre os acervos cerâmicos indígenas da Baía da Babitonga que abarcam a ocupação dos Jê e Guarani, até então pouco trabalhado na perspectiva interdisciplinar. O objetivo principal da pesquisa foi analisar a ocupação indígena em São Francisco do Sul utilizando-se dos relatos de viajantes do século XVI, junto à produção científica acerca dos vestígios cerâmicos de sociedades pré-coloniais que viviam na região. As fontes documentais usadas são os relatos de Hans Staden (1549) e Álvar Núñez Cabeza de Vaca (1541) que passaram pelo litoral de Santa Catarina. As crônicas de viagem, de modo geral, revelam um olhar diferente, apresentando as singularidades, o exótico, o imaginário e as primeiras “etnografias” sobre os diferentes povos indígenas que encontraram esses viajantes nas suas travessias pelo Novo Mundo. Contudo, essa documentação caracteriza os grupos indígenas do litoral como uma única filiação étnica, o guarani, sem considerar qualquer outro grupo vivendo no litoral norte de Santa Catarina. Os vestígios arqueológicos e sua identificação etnográfica, em contrapartida, revelam diferentes assentamentos indígenas na região (Jê e Guarani) pouco percebida quando se trabalha apenas com os relatos de viajantes, que homogeneizaram os grupos viventes na região denominando-os de Carijós. Explica-se assim a escolha por uma pesquisa interdisciplinar, que parte da História e da Arqueologia para trazer novos elementos para a História indígena.

Apoio / Parcerias: Fundo de Amparo à Pesquisa da Univille (FAP) e FAPESC Governo do Estado de Santa Catarina (Fumdes/171)

ISSN: 1808-1665