4ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 23/10/2017 à 26/10/2017

Artesania: Formação Cultural, Construções Identitárias e Experiências Sensíveis na Terceira Idade

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Práticas Educativas, Artesania, Terceira Idade

As artesanias e a terceira idade estão nas práticas educativas desta pesquisa. Tanto as artesanias, o fazer artesanato, processo e produto, quanto os idosos carregam em si rastros do seu tempo e, vistos juntos, condensam muitos valores, constituídos de saberes. Esses valores, por vezes, permanecem adormecidos, mas ao longo de suas vidas, armazenam potencialidades, que não escapariam a qualquer um de nós. Os idosos, portanto, trazem consigo significativos conhecimentos, saberes, sensibilidades e memórias, que alimentam suas mentes e espírito. Neste viés respeitoso, podemos abrir os caminhos para a artesania, desenvolvendo práticas educativas de maneira lúdica e prazerosa, revisitando suas vivências, suas culturas, buscando no diálogo e no fazer, despertá-los para a sensibilidade, valorizando suas construções identitárias e proporcionando novas propostas para um envelhecer significativo e autônomo. O presente artigo apresenta a pesquisa “Artesania: formação cultural, construções identitárias e experiências sensíveis na terceira idade”, que está em andamento na linha Políticas e Práticas Educativas, do Mestrado em Educação, da Universidade da Região de Joinville – UNIVILLE. O estudo busca investigar experiências em artesania com a terceira idade, em espaço não formal de educação, pelo viés da formação cultural, construções identitárias e experiências sensíveis. Para isso, faremos uso de uma abordagem cartográfica e narrativa, guiados por Passos, Kastrup e Escóssia (2015), e Clandinin e Connelly (2015), somados às contribuições teóricas em: artesania, de Petrykowski Peixe et al (2014); terceira idade, de Bosi (1994) e Almeida (1998); educação não formal, de Gohn (2011; 2014); formação cultural e construções identitárias, por Hall (2006), Bauman (2012) e Adorno (2005); e experiências sensíveis, com Duarte Jr. (2010), Larrosa (2016) e Meira (2014). O campo de pesquisa escolhido foi o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos dos Idosos - SCFV, em uma das unidades dos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS, em Joinville, Santa Catarina. Desta forma, considerando as potencialidades das artesanias, ao desenvolvê-la junto aos idosos, em forma de práticas educativas (4 oficinas de sensibilização e artesania), estaremos desafiados a internalizar experiências sensíveis, e atentos a criar disposição de sentir, de exercitar sentidos, de comunicar percepções e mobilizar memórias, que poderão contribuir para manter ativadas reais potencialidades, construções identitárias e sensibilidades, reiterando a importância dos processos em formação cultural. Por fim, como resultado, espera-se perceber como as experiências sensíveis podem ativar as memórias, contribuindo nas construções identitárias e, por conseguinte, na ampliação de novos olhares e sentires para suas vidas.

ISSN: 1808-1665