A curcumina (1,7-bis(4-hidroxi-3-metoxifenil)-1,6-heptadiona-3,5-diona) é o principal curcuminóide constituinte do açafrão (Curcuma Longa L). Esse ativo faz parte da classe dos polifenóis, é hidrofóbico e dá a coloração amarelo/alaranjada à planta. A curcumina tem chamado atenção devido ao grande potencial que apresenta para aplicações alimentícias e medicinais, como anti-inflamatório e em tratamentos de câncer e tumores, em doenças neurológicas, cardiovasculares e ósseas dentre diversas outras doenças crônicas que afetam as células do corpo humano. Porém, esse bioativo é rapidamente metabolizado e excretado pelo organismo, assim sua biodisponibilidade é muito baixa e uma pequena porcentagem é absorvida pelas células. Além disso, características como a insolubilidade em água, instabilidade em meio alcalino e na presença de luz são características que dificultam o seu uso. Para solucionar essa questão, diversas pesquisas têm sido conduzidas no sentido de produzir sistemas de entrega direcionados que possibilitem isolar o bioativo até que este atinja os órgãos de interesse do corpo humano. Estes sistemas de entrega devem possuir a ação de proteger o ativo da degradação em meios de pH alcalinos e ao menos minimizar o problema da biodisponibilidade limitada relacionada à sua hidrofobicidade. Com base nisso, este estudo visa produzir micropartículas biopoliméricas de poli(L-ácido lático) (PLLA) contendo curcumina com diferentes concentrações através da técnica de emulsificação/evaporação de solvente. Desta forma, encapsulando a curcumina em micropartículas de um polímero biocompatível e biodegradável, almeja-se proteger o ativo contra os fatores que levem à sua degradação precoce, além de controlar a liberação do mesmo quando aplicado em formas farmacêuticas variadas.