5ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 16/10/2018 à 19/10/2018

Produção de biocompósitos de bagaço de malte e Pleurotus sajor-caju

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Bagaço de malte, Biocompósitos, Pleurotus sajor-caju

O bagaço de malte é um resíduo da indústria cervejeira. Para cada 100 L de cerveja produzidos são obtidos, aproximadamente, 20 Kg de bagaço de malte. Ainda, o cultivo de banana, abundante na região de Joinville, resulta em uma grande quantidade de resíduos, para cada tonelada de banana industrializada, aproximadamente, 480 Kg de folhas são gerados. Estes resíduos, quando utilizados por fungos não patógenos, podem ser transformados em biocompósitos. O micélio fúngico age como ligante das partículas dos resíduos que assumem o formato do recipiente em que são cultivados, podendo substituir embalagens de plástico, isopor, etc. Objetivou-se neste trabalho, então, avaliar a produção de biocompósitos a partir de bagaço de malte in natura e folhas de bananeira utilizando o fungo Pleurotus sajor-caju CCB 019, visando o aproveitamento destes resíduos e reduzindo impactos ambientais negativos. Para tanto, o bagaço de malte foi misturado com folhas de bananeira (1:1). As frações de inóculo de 10, 20 e 30% foram avaliadas. Os corpos de prova foram feitos em moldeiras plásticas cilíndricas e secos em estufa a 40 ou 60 °C até massa constante. Foram avaliados o tempo global de processo (dias), a velocidade inicial de secagem (g/dia), a resistência à compressão (MPa), absorção de umidade do ar (%) e absorção de água (%) para definir as condições de produção destes biocompósitos. Os biocompósitos com 30% de inóculo e secos a 60 °C foram os que apresentaram maior velocidade inicial de secagem (26,7 g/dia), levando a um menor tempo global de processo (18 dias). Não houve diferença significativa em termos de tensão de compressão dos biocompósitos, tanto entre as frações de inóculo utilizadas quanto entre as temperaturas de secagem, ficando este valor em torno de 0,016 MPa. Houve absorção de umidade do ar em todos os corpos de prova testados no período de 60 dias, porém, não houve nenhuma contaminação microbiana e os biocompósitos produzidos com 30% de inóculo absorveram menor umidade. Os biocompósitos produzidos com 20 e 30% de inóculo e secos a 60 °C apresentaram menor absorção de água sem diferença estatisticamente significativa em 24 h de imersão (167%). Sendo assim, a condição de 30% de inóculo e secagem a 60 ºC foi definida para a produção de biocompósitos a partir de substrato in natura de bagaço de malte e folhas de bananeira.

Apoio / Parcerias: CNPq na forma de bolsa de Iniciação Científica

ISSN: 1808-1665