5ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 16/10/2018 à 19/10/2018

DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE MEMBRANA DE CELULOSE BACTERIANA INCORPORADA COM EXTRATO DE HAMAMELIS

Palavras-chave: celulose bacteriana, Hamamelis, caracterização

A crescente preocupação com a preservação ambiental tem direcionado estudos para o desenvolvimento de biopolímeros a partir de matéria-prima renovável como alternativa para substituir polímeros sintéticos com alta resistência à degradação. Dentre estes materiais destaca-se a celulose, biopolímero mais abundante no mundo. A celulose pode ser produzida a partir de diversas formas de vida como plantas e bactérias. Apesar de apresentar a mesma estrutura da celulose vegetal, a celulose bacteriana se destaca por sua pureza e sua estrutura nanofibrilar, que confere propriedades diferenciadas ao material, tais como resistência à tração, elasticidade, biocompatibilidade e biodegradabilidade. Com a finalidade de melhorar as propriedades da celulose bacteriana, diversas pesquisas vêm sendo conduzidas para a incorporação de substâncias que agregam propriedades específicas de acordo com a aplicação. Dentre estas substâncias, os fitoterápicos têm se tornado cada vez mais relevantes para aplicações médicas, pois além de propriedades antimicrobianas, não apresentam tantos efeitos colaterais como outros medicamentos. A Hamamelis virginiana, originária do leste da América do Norte, é conhecida por suas propriedades adstringente, antimicrobiana e antinflamatória, sendo empregada no tratamento de irritações na pele e hemorroidas na forma de pomada. Dessa forma, este trabalho objetivou sintetizar membranas de celulose bacteriana funcionalizadas com extrato de Hamamelis como recurso terapêutico contra lesões e inflamações. Para a incorporação, foram utilizados extrato glicólico de hamamélis nas concentrações de 2,5%v/v, 5%v/v, 10%v/v e 20%v/v e extrato aquoso de hamamelis nas concentrações de 2,5%v/v 5%v/v e 10%v/v. A caracterização foi feita por meio das técnicas de termogravimetria (TGA) e espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR). As membranas também serão submetidas à avaliação da atividade antimicrobiana e análise de Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Os resultados de TGA e FTIR corroboraram com a incorporação do extrato glicólico nas membranas, promovendo redução de até 23 ºC na estabilidade térmica do material. As mesmas análises serão realizadas com a membrana incorporada com o extrato aquoso para comparar a eficiência de incorporação e as características do material.

ISSN: 1808-1665