5ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 16/10/2018 à 19/10/2018

Incorporação de lipase em membranas de celulose bacteriana

Palavras-chave: celulose bacteriana, lipase, imoblização

Lipases, enzimas encontradas em tecidos de vários animais e plantas ou ainda produzidos por micro-organismos (fungos, leveduras ou bactérias) catalisam reações de substratos insolúveis em água como óleos e gorduras. Estes são usados no dia-a-dia industrial e doméstico e devido ao descarte indevido chegam aos efluentes causando um desequilíbrio no ecossistema dos corpos d´ água. Tanto nos usos industriais quanto domésticos, municípios e estados tem leis específicas vigentes para os parâmetros de lançamento de efluente desse tipo de resíduo. Os processos biológicos de tratamento reproduzem o que ocorre na natureza. No corpo d’água, a matéria orgânica é convertida em produtos mineralizados inertes por mecanismos puramente naturais, fenômeno conhecido como autodepuração. Para atender a legislação, a indústria e os municípios tratam seus esgotos e efluentes de forma similar, empregando processos de tratamento de efluente como lodos ativados, reatores e digestores. No entanto embora esses processos sejam eficientes na remoção de matéria orgânica (carbono e nutrientes - fósforo e nitrogênio), a presença de óleos e gorduras diminui essa eficiencia. No mercado é comum encontrarmos lipases sendo aplicadas a sistemas de tratamento de esgoto, no entanto uma vez aplicadas são carreadas não sendo possivel sua recuperação. Uma alternativa a esta aplicação, seria imobilizar a enzima em uma matriz, o que permitiria sua reutilização e diminuiria custos de processo. Com objetivo de estabelecer novas técnicas mais eficientes e causar o menor dano possível ao meio ambiente, o tratamento de óleos e gorduras com enzimas possui importância devido as especificidades das lipases. Neste contexto o objetivo deste trabalho é avaliar o processo de degradação de óleos e gorduras estando a enzima livre e imobilizada em matriz de celulose bacteriana. Ensaios contendo a enzima livre foram avaliadas em concentrações de óleo variando entre 1% e 10%, temperatura entre 15º C e 45º C e pH entre 5 e 8, por meio de um planejamento experimental 23 empregando o software STATISTICA 7.0, com 08 ensaios para as 3 variáveis de entrada, com o ponto central em triplicata. O índice de acidez foi determinado para cada condição após quantificação dos ácidos graxos livres com uso da técnica de titulação com NaOH contendo fenolftaleína como indicador. Os resultados preliminares indicaram que os fatores significativos foram a interação entre concentração de gordura e pH e temperatura e pH. Quanto maior o pH maior a atuação da enzima.

ISSN: 1808-1665