Segundo o INCA, “câncer” é o nome dado ao conjunto de doenças que se caracterizam pelo crescimento desordenado de células que, multiplicando-se com relativa rapidez, tendem a ser agressivas e incontroláveis, culminando na formação de tumores malignos que podem se espalhar para outras regiões do corpo. Quanto aos diversos tipos de câncer, há consenso acerca da importância das ações de prevenção contra a doença, perspectivando prevenir, diagnosticar e tratar precocemente, minimizando seus efeitos na população, assegurando a cada indivíduo um padrão de vida adequado à manutenção da sua saúde. Quando já instalado, o câncer é uma doença que afeta profundamente a vida do paciente, visto comumente como uma enfermidade sinônimo de sofrimento e morte – não por acaso, uma vez que o câncer é a segunda maior causa de morte no Brasil, com aproximadamente 190 mil óbitos/ano. Diante deste cenário desafiador, instituições públicas e privadas empreendem esforços no sentido de contribuir com processos de prevenção do câncer e de apoio às pessoas que desenvolvem a doença. É o caso da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC), entidade privada não governamental, sem fins lucrativos, de finalidade social e filantrópica. Em São Bento do Sul, a RFCC conta com aproximadamente 40 voluntárias e tem como missão “Proporcionar atendimento humanizado nos serviços ofertados, contribuindo para a prevenção do câncer e a melhoria da qualidade de vida”. Neste escopo insere-se o projeto de extensão AURORA2, tendo como objetivo geral “Contribuir com ações de prevenção e combate ao câncer, bem como de apoio social aos pacientes em tratamento e seus familiares, em parceria com a Rede Feminina de Combate ao Câncer de São Bento do Sul, com base em uma proposta multi e interdisciplinar”. Dentre as metas do projeto consta o planejamento e execução da proposta de um calendário, envolvendo as mulheres do grupo “Amigas da Alegria”, que se reúnem semanalmente na sede são-bentense da RFCC. O cumprimento desta meta demandou esforços multidisciplinares, trabalho intenso por parte da equipe do projeto e ampla mobilização da comunidade local na busca por apoio, sobretudo financeiro. Como resultado, observa-se que o calendário de mesa com fotos das mencionadas mulheres representa, simultaneamente, um mecanismo de resgate da autoestima das pacientes envolvidas; e por meio de sua comercialização, uma fonte de arrecadação de recursos para a RFCC. Além disso, o projeto contribui também para uma formação acadêmica mais humanizada, gerando profissionais mais comprometidos com a sociedade em que atuam.