6ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 21/10/2019 à 25/10/2019

Síntese e caracterização de membranas de celulose bacteriana funcionalizadas com montmorilonita para aplicações biomédicas

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Celulose bacteriana, Montmorilonita, Regeneração de pele

Existe uma ampla variedade de aplicações para a celulose bacteriana (CB) sendo a maior no campo biomédico, visando as técnicas de regeneração, principalmente de pele. Os curativos de nanocelulose bacteriana já demonstraram potencial neste processo. Suas principais propriedades são: controle da dor e inflamação, manutenção de umidade na ferida e dos fatores de crescimento e defesa, favorecendo a granulação e crescimento dérmico, menor taxa de contaminação externa, visualização direta do aspecto e quantidade de secreção, diminuição ou ausência nas trocas de curativos, diminuindo lesões epidérmicas com comodidade e segurança ao paciente. Alguns materiais de reforço que ocorrem naturalmente também estão sendo pesquisados, como os argilominerais (como a montmorilonita). Estes nanocompósitos poliméricos com várias argilas são extensivamente investigados devido à sua relação custo-eficácia e aplicações em diferentes campos, incluindo as indústrias estrutural, eletrônica, aeroespacial e biomédica. Devido a excelente propriedade de troca de cátions da montmorilonita (MMT), é uma das mais utilizadas argilas medicinais. Estudos mostram que a MMT é atóxica e, portanto, não tem efeitos colaterais, proporcionando limpeza e proteção da pele, atividade antibacteriana, e excelentes capacidades de cicatrização e coagulação. Esses biocompósitos de celulose bacteriana-montmorilonita (CB-MMT) possuem potencial antibacteriano e ainda podem fazer associações ou complexos com diferentes compostos orgânicos. Diante disto, este trabalho almejou produzir CB e incorporar reforço de montmorilonita em diferentes concentrações (2, 4 e 6%) e avaliar propriedades físico-químicas destes biocompósitos, visando a possibilidade de cicatrização de feridas na área biomédica. As análises de MEV mostraram que a MMT adsorveu na superfície, assim como penetrou na matriz das folhas CB. Bandas características da CB e da MMT estavam presentes no espectro de FT-IR dos biocompósitos. A sua temperatura de degradação decresceu de 278°C (CB) para 253°C, 255°C e 248°C nos biocompósitos produzidos (2, 4 e 6%), respectivamente. Diante das análises realizadas, o biocompósito que mais incorporou a MMT foi o de CB-MMT 4%. Outras análises como teste antimicrobiano, difração de raios X para avaliar a cristalinidade das amostras, e conteúdo de água e capacidade de reidratação para analisar as proporções de umidade das membranas também serão estudados.

Apoio / Parcerias: Spectrochem; UFSC

ISSN: ISSN: 1808-1665