6ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 21/10/2019 à 25/10/2019

Solução sustentável para geração de tecidos

Univille, Univille, Joinville

Palavras-chave: fibras, viável, resíduos alimentícios

O desenvolvimento de uma sociedade justa, ecologicamente correta e economicamente viável, ou seja, uma sociedade sustentável, é o desafio da humanidade mundial. O que antes era visto como um diferencial estratégico de empresas, hoje permeia as escolhas de produtos e serviços, as discussões sobre o futuro do planeta e torna-se pouco a pouco parte da vida cotidiana das pessoas. Porém, ainda há um extenso caminho a ser percorrido, principalmente quanto trata-se de mudanças em processos tecnológicos. A indústria da Moda é a segunda indústria mais poluente do mundo. Os impactos ambientais são variados, como a poluição de água devido à agentes químicos, gastos de água para produção de tecidos e vestuário e acúmulo de resíduos têxteis e embalagens não recicláveis. Com objetivo de explorar a sustentabilidade e seus pilares (ambiental, social, econômico e cultural) e investigar soluções sustentáveis para a geração de novos tecidos com reaproveitamento de materiais, o projeto paralelos coletivos, procurou enquadrar os processos produtivos dos projetos com os conceitos de economia circular e lixo zero e elaborar um tecido com tecnologia inovadora a partir da fibra da casca da laranja. Inicialmente, a coordenadora do projeto e a professora de Engenharia apresentaram o projeto para as turmas de 3° ano de Engenharia Ambiental e Sanitária e 4° ano de Engenharia Química, buscando fomentar as discussões sobre sustentabilidade no âmbito da indústria têxtil e congregar acadêmicos para o desenvolvimento das atividades do projeto. Os alunos (bolsista e voluntários) pesquisaram artigos sobre o desenvolvimento de tecidos utilizando resíduos alimentícios, estudaram as metodologias utilizadas e, em conjunto com a professora, definiram os processos, reações e equipamentos adequados para a extração das fibras. Em laboratório, foi testada a metodologia para a extração de fibra de albedo de laranja. O albedo da laranja apresentou 55% de umidade e 2,5% de cinzas. O método desenvolvido partiu de 16 g de albeto seco e obteve-se 1,1 g de fibra seca, indicando um rendimento de 6,8%, sendo este valor inferior ao observado por Vismara (2015), que observou um rendimento de 10 a 12,5%. Como o albedo de laranja é uma tecnologia patenteada, o projeto está testando outros materiais como fonte de fibra para uso como insumo na produção de tecidos.

ISSN: ISSN: 1808-1665