6ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 21/10/2019 à 25/10/2019

Produção de biocompósitos a partir de bagaço de malte e folhas de bananeira: substrato residual do cultivo de Pleurotus sajor-caju

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Biocompósitos, Bagaço de malte, Pleurotus sajor-caju

Atualmente, estudos visando a produção de embalagens biodegradáveis vêm sendo realizados. Resíduos industriais, como por exemplo, bagaço de malte e folhas de bananeira, podem ser reaproveitados para este fim. Para cada 100 L de cerveja produzida são obtidos, aproximadamente, 20 kg de bagaço de malte. Já, o cultivo de banana, abundante na região de Joinville, resulta em uma grande quantidade de resíduos, para cada tonelada de banana industrializada, aproximadamente, 480 kg de folhas são geradas. Estes resíduos, quando utilizados por fungos não patógenos, podem ser transformados em biocompósitos. O micélio fúngico age como ligante das partículas dos resíduos que assumem o formato do recipiente em que são cultivados, podendo substituir embalagens de plástico, isopor, etc. Fungos do gênero Pleurotus possuem a capacidade de metabolizar uma variedade de materiais lignocelulósicos, apresentam facilidade na manutenção das condições de cultivo e elevados valores gastronômicos e nutricionais o que resultou no aumento da produção de cogumelos deste gênero no mundo. No entanto, após a produção de cogumelos em resíduos lignocelulósicos, apesar da diminuição da massa de resíduos em relação à massa inicial antes do cultivo, ainda resta uma elevada quantidade de resíduo lignocelulósico, chamado substrato residual. Assim, objetivou-se neste trabalho avaliar a produção de biocompósitos de bagaço de malte e folhas de bananeira, após o cultivo de Pleurotus sajor-caju. Os biocompósitos foram produzidos com 20 ou 30% de inóculo e secos a 40 ou 60º C. Foram avaliados o tempo global de processo (dias), a velocidade inicial de secagem (g/dia), a resistência à compressão (MPa), absorção de umidade do ar (%) e absorção de água (%) para definir as condições de produção destes biocompósitos. Os biocompósitos com 30% de inóculo e secos a 60 °C foram os que apresentaram maior velocidade inicial de secagem (29,5 g/dia), levando a um menor tempo global de processo (23 dias). A tensão de compressão ficou entre as maiores, 0,04 MPa. Apresentou menor absorção de água (160%). Houve absorção de umidade do ar, porém, não houve nenhuma contaminação por exemplo, por fungos do gênero Trichoderma, contaminação comum em substratos fúngicos. Sendo assim, a condição de 30% de inóculo e secagem a 60 ºC foi definida para a produção de biocompósitos a partir de substrato residual de bagaço de malte e folhas de bananeira.

Apoio / Parcerias: Bolsa PIBIC/CNPq

ISSN: ISSN: 1808-1665