6ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 21/10/2019 à 25/10/2019

Desenvolvimento e caracterização de blendas ABS/PC para uso em peças cromadas

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Reciclagem, Processamento, PC reciclado

Com a crescente utilização de polímeros na indústria, o aumento na quantidade de resíduos desse material é uma preocupação ambiental. Uma maneira de minimizar os impactos ambientais e também econômicos oriundos do descarte desses resíduos é por meio da sua reciclagem. No entanto, materiais reciclados nem sempre apresentam as mesmas propriedades dos materiais virgens e uma maneira de melhorá-las é por meio da produção de blendas. Blendas de acrilonitrila-butadieno-estrieno e policarbonato (ABS/PC) vem sendo bastante aceitas no mercado, devido à alta processabilidade e resistência mecânica, e suas principais aplicações são nas indústrias automotivas e de eletroeletrônicos. Existem no mercado diversos produtores e fornecedores de resinas de PC reciclado (PCr), com custo bastante reduzido, de 30 a 50% mais baixo, em relação ao PC virgem (PCv), e com propriedades físicas e químicas bastante interessantes para diversas aplicações. Assim, o uso deste material reciclado para confecção de blendas ABS/PCr pode contribuir para redução de custo, do consumo de matérias-primas virgens e do impacto ambiental relacionado à disposição do resíduo em aterros. Desta forma, neste estudo, foi realizada a injeção de amostras de ABS virgem, PCv, PCr e de blendas com diferentes proporções, 80/20, 60/40 e 40/60, de ABS/PCv e ABS/PCr, visando comparação de suas propriedades, as quais foram avaliadas por FTIR/ATR, índice de fluidez, TGA, DSC e ensaios de resistência à tração. As amostras injetadas foram cromadas por processo convencional e avaliada a qualidade da deposição metálica. O PCr apresentou menor resistência térmica que o PCv e, consequentemente, quanto menor o percentual de PCr nas blendas menor foi a resistência térmica delas. O PCr exibiu temperatura de transição vítrea (Tg) de 110 °C e o PCv de 140 °C. Devido à menor Tg do PCr, as blendas de ABS/PCr exibiram Tg menores que as blendas de ABS/PCv. Dos espectros FTIR/ATR foram observadas absorções características dos componentes de cada polímero. O acréscimo de PCv e PCr nas misturas proporcionou aumento no índice de fluidez em relação ao ABS, sendo maiores para as blendas ABS/PCr. Houve aumento das propriedades mecânicas das blendas com o aumento do percentual de PCv e PCr. As amostras cromadas de ABS e das blendas com até 40% de PCv e PCr foram aprovadas na inspeção visual, enquanto as de PCv e de PCr puros foram reprovadas. O uso do PC reciclado em misturas com ABS mostrou ser viável para aplicação em peças cromadas.

Apoio / Parcerias: CNPq/PIBITI, FAP/UNIVILLE, empresa Sigmacrom.

ISSN: ISSN: 1808-1665