6ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA - SUCST

De 21/10/2019 à 25/10/2019

MEMBRANAS DE CELULOSE BACTERIANA FUNCIONALIZADAS COM BROMELINA, PAPAÍNA E NANOPARTÍCULAS DE ÓXIDO DE ZINCO: SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO

Universidade da Região de Joinville , UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: celulose bacteriana , bromelina, papaína

Lesões significativas na pele, como queimaduras e úlceras crônicas, acabam por resultar em sérios problemas fisiológicos e psicológicos para os pacientes, principalmente em se tratando das dores oriundas dos ferimentos. Cerca de um milhão de acidentes domésticos envolvendo queimaduras acontecem por ano no Brasil, dos quais 2500 pacientes vão a óbito devido às lesões. Como alternativa para amenizar o sofrimento destes pacientes, as membranas de celulose bacteriana (CB) vêm sendo comercializadas, porém, ainda continuam sendo estudadas por muitos pesquisadores, que buscam formas de auxiliar a regeneração tecidual, seja nos ossos ou pele. Estas membranas possuem alta capacidade de retenção de água, nanoestruturas porosas interligadas tridimensionalmente, excelente biocompatibilidade, além de serem atóxicas e não alergênicas, características vantajosas para a regeneração de tecidos. Buscando melhorar as propriedades da CB como curativo, as membranas podem ser funcionalizadas com outras substâncias para formar biocompósitos, como por exemplo, enzimas proteolíticas (como a bromelina, extraída do abacaxi, e papaína, retirada do mamão) e nanopartículas de óxido de zinco (NpZnO). As enzimas podem proporcionar efeitos anti-inflamatórios e antimicrobianos à CB. As NpZnO, por sua vez, também auxiliam no combate à atividade microbiana, interagindo diretamente com a superfície celular das bactérias, inibindo o crescimento bacteriano. Assim, tem-se como objetivo desenvolver membranas de CB funcionalizadas com bromelina, papaína e nanopartículas óxido de zinco. As membranas foram sintetizadas pela bactéria Komagataeibacter hansenni em meio constituído por manitol, peptona e extrato de levedura por 8 dias a 30 ºC sob condições estáticas, purificadas em solução de NaOH 0,1M, em banho-maria, a 80 °C por 1 h, sendo após lavadas com água destilada até pH neutro. Para a funcionalização das enzimas, foram produzidas soluções de imersão contendo 95, 50 e 25% de bromelina ou papaína dissolvidos em tampão fosfato de pH 7,5. Já a solução de imersão das NpZnO foi produzida nas concentrações de 1, 5 e 10%, utilizando-se álcool como solvente. As membranas foram dispostas nestas soluções sob agitação de 150 rpm a 25 ºC, por 12, 24 e 48 h. Os biomateriais foram caracterizados por análises de porosidade, espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier (FTIR/ATR), microscopia eletrônica de varredura (MEV), análise termogravimétrica (TGA), teste antimicrobiano e de citotoxicidade. As análises ainda estão sendo conduzidas.

ISSN: ISSN: 1808-1665