A gradativa inserção das metodologias ativas nas aulas dos cursos de graduação tem-se destacado no contexto da educação presencial como uma proposta revisada de inovação no ensino, se aplicando também ao contexto da educação a distância (EAD) e semipresencial, à medida em que se sustente em concepções pedagógicas bem direcionadas, considerando intencionalidade e especificidades de cada disciplina e as competências a serem desenvolvidas, as convertendo em um diferencial nesse cenário, agregando qualidade às referidas modalidades de ensino. A utilização criativa dos recursos e ambientes virtuais, a elaboração de atividades desafiadoras são determinantes para a construção de um repertório de competências, habilitando os alunos à tomada de decisão contextualizada e com significado, instrumentalizando para a autodisciplina e para o gerenciamento de sua aprendizagem. Assim, a inovação pedagógica, expressamente nessa proposta focada na concepção de metodologias ativas de aprendizagem sustentada na modalidade de ensino semipresencial, tem por propósito comparar percepções de alunos e professores do ensino superior e que estejam experenciando essa transição na UNIVILLE (a qual recentemente aderiu às aulas em disciplinas semipresenciais, vivenciando o segundo ano de implantação), ultrapassa o âmbito das técnicas, da tecnologia, de recursos e processos, envolve sobremaneira repensar o significado de ensinar e aprender, e da universidade; fornecendo elementos para gradativamente atribuir novos sentidos às aulas e estruturar propostas de formação para professores, compreendendo as escolhas de modelos, instrumentos, metodologias e estratégias, suas concepções sobre a profissão e a universidade alinhados a sua atuação. O processo investigativo da pesquisa baseia-se nos construtos teórico-científicos disponíveis e os dados obtidos até o momento por meio de instrumentos de pesquisa aplicados aos alunos matriculados em disciplinas semipresenciais apontam que um número expressivo deles possui vivências envolvendo metodologias ativas e compreendem os principais benefícios decorrentes dessa adoção. Acreditam que a formação docente e a referenciação em outras experiências pode fortalecer o processo de inovação dos professores, mas que a falta de conhecimentos prévios dos alunos e exigências geradas por essa concepção constituem-se como limitadores da perspectiva. Os referenciais obtidos poderão contribuir para a melhoria e inovação na qualidade do ensino, subsidiando a gestão pedagógica das universidades.