A fibra do pseudocaule da bananeira é matéria-prima para diversas atividades, tanto em escala artesanal quanto industrial. As fibras naturais vegetais são produtos biodegradáveis, de baixo custo e que demandam pouco consumo de energia em seu processo, não sendo necessário o uso de instrumentos muito sofisticados, além de serem recursos renováveis e estarem disponíveis em quase todo o mundo. Na região de Corupá/SC o aproveitamento da fibra do pseudocaule da bananeira se dá principalmente pelo artesanato. Nesse sentido, entender suas propriedades é essencial, o que pode permitir a aplicação de processos de tratamento que agreguem valor aos artefatos produzidos com esse material. O objetivo geral desse trabalho foi investigar as características físico-químicas das fibras obtidas do pseudocaule da bananeira. Como objetivos específicos tem-se: determinar as características químicas das fibras em seu estado natural; determinar as características mecânicas das fibras em seu estado natural e após tratamentos para enobrecimento; investigar mecanismos que melhorem as características mecânicas das fibras naturais ou tratadas. A abordagem adotada se carateriza como quantitativa, com objetivos que o enquadram como pesquisa exploratória. Já quanto aos procedimentos trata-se de pesquisa bibliográfica, contando com levantamentos sistemáticos em fontes bibliográficas especializadas para a caracterização e discussão do objeto de estudo. Também foram levantadas as normativas da ASTM e TAPPI para avaliação e testes de materiais. Os dados levantados apontam que a fibra em questão é composta principalmente por celulose (59 - 64%), hemicelulose (10,2-18,6%), lignina (4,9 a 17,5%), umidade (9,1 a 10,4%) e pectina (10,1%). Como referências para ensaios mecânicos tem-se para o teste à tração e alongamento, bem como para módulo de elasticidade a normativas TAPPI T 494 om-88, e para resistência à ruptura a normativa TAPPI T 414-om 88 /TAPPI T 404 om-91. No momento esse projeto está em fase de preparação e elaboração de procedimentos para ensaio das fibras em laboratório de ensaios mecânicos. Após a especificação dos corpos de prova e procedimentos serão obtidas amostras com e sem tratamento para enobrecimento (coloração e amaciamento) para caracterização mecânica do material.