Introdução: Pesquisas demonstram que a pandemia gerou um grande desafio para o sistema de saúde pública, devido à rápida disseminação do vírus Sars-Cov2. Por conta disso, houve alterações no funcionamento interno dos hospitais, aumentando o número de internações. Este cenário pode ter atuado como estressor para desencadear ou potencializar crises psicológicas vivenciadas pelos profissionais da saúde que trabalham na linha de frente no combate à doença. Objetivo: Revisar as publicações nacionais sobre as demandas psicológicas dos profissionais da saúde frente ao COVID-19 e às estratégias propostas para o cuidado da saúde mental. Metodologia: O tipo de estudo é uma revisão sistemática da literatura, na qual reúne materiais científicos para análise crítica e sintética dos dados. Os descritores utilizados foram “saúde do trabalhador” e “COVID-19”, foram aplicados somente em português e combinados com o operador booleano *AND* nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Repositório Institucional da Universidade de Brasília (RIUnB), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). Para a avaliação dos estudos utilizou-se como critérios de inclusão: 1) abranger o escopo da pesquisa, 2) ser elaborado em 2020, 3) publicados no idioma português e 4) pesquisas primárias. A extração dos dados buscou identificar as partes relevantes, as informações foram armazenadas em duas tabelas, a primeira com os dados a serem utilizados no tópico “discussão” e a segunda com citações importantes para os demais tópicos do texto. Resultados: As estratégias de busca identificaram 36 artigos potencialmente relevantes, durante o processo de seleção, foram eliminadas 01 referência duplicada, 26 referências que não estavam de acordo com os critérios de inclusão preestabelecidos e o corpus da revisão foi constituído por 09 estudos originais. Em relação ao delineamento metodológico, 01 é quantitativa e 08 qualitativas. Conclusões: Averiguou-se que os fatores diretos e indiretos, individuais e do contexto hospitalar estão intrinsecamente ligados ao adoecimento mental dos trabalhadores da saúde. Constatou-se também as principais medidas que buscam promover a saúde e minimizar os impactos decorrentes do cenário pandêmico. Existem limitações nas publicações revisadas, pois se trata de recortes temporais em um contexto incerto e inconstante. Portanto, os achados deste estudo não possuem um caráter cristalizado, o alcance e interpretação dos resultados, sobretudo, se sustentam ao longo do tempo de pós-pandemia. Ainda, este, pode servir como base para adaptações de estratégias atuais e para elaboração de protocolos para o enfrentamento de situações semelhantes.