7ª SEMANA UNIVILLE DE CIÊNCIA, SOCIEDADE E TECNOLOGIA -SUCST

De 25/11/2020 à 03/12/2020

Estudo do desenvolvimento de diabetes melitus tipo II de forma precoce em decorrência da síndrome do ovário policístico: influência e manejo dos fatores de risco modificáveis

Palavras-chave: SOP, Diabetes precoce, fatores de risco

Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma doença multifatorial que se caracteriza por alterações hiperandrogênicas e reprodutivas. Sua etiologia é complexa, com influência da predisposição genética e de fatores ambientais. As principais manifestações incluem acne, hirsutismo, alopecia, alterações menstruais e infertilidade. A síndrome é responsável por afetar aproximadamente 5% das mulheres em idade fértil, além de estar altamente associada com a resistência à insulina, hiperinsulinemia e perfil metabólico. Considerando a questão da hiperinsulinemia, a questão que fica é considerando os fatores ligados ao sobrepeso: o sedentarismo e a alimentação, qual é o mais presente neste grupo de mulheres que contribuem para risco de diabetes? Metodologia: Tratou-se de estudo observacional, de análise documental de dados obtidos via questionário virtualizado pela plataforma GoogleForms®, no qual se inclui apenas as que tiveram diagnóstico de SOP na fase de menacme, dividindo posteriormente aquelas com DM II e não DM II (NDMII). Os dados e informações coletadas correspondiam a: [a] Características do paciente: idade, histórico familiar, hábitos gerais; [b] Aspectos relativos à atividade física e [c] Aspectos relativos a alimentação. Projeto aprovado pelo comitê de ética, obtendo protocolo de aprovação com registro CAA 26897719.0.0000.5366. Resultados e discussão: Um total de 42 mulheres atendiam os critérios de inclusão e exclusão, no qual 23 eram DM com diagnósticos antes do 30 anos, e 19 eram NDM. A idade média do diagnóstico no grupo DM foi de 28 anos. No grupo DM, 18 das 23 mulheres tiveram o diagnóstico da diabetes no plano privado de saúde. Ainda no grupo DM, cerca de 30% delas faziam alguma atividade física três vezes por semana, mas mantendo um IMC (33,8) muito próximo das sedentárias (34,9). No grupo NDM, o IMC médio entre sedentárias e não sedentárias era por volta de 24,2; apontando uma certa influência da condição clínica sobre o sobrepeso. Com relação as orientações nutricionais, no grupo DM, 88% relata ter sido orientada, mas não conseguir seguir as recomendações, sendo ainda a média de IMC neste grupo de 35,6. Considerações finais: Mulheres com SOP aparentam ter dificuldade para controle de peso, e questões nutricionais são as que apresentam dificuldade por parte delas para o controle do peso, sendo necessário pensar estratégias alimentares para este grupo, a fim de postergar o risco de DM II.

Apoio / Parcerias: Projeto Integrado ECOSAM

ISSN: 1808-1665