Introdução: Esta pesquisa teve por objetivo principal conhecer as realidades das pessoas em situação de rua com transtornos mentais pelo mundo em tempos de pandemia, bem como as ações exitosas para sua proteção. Metodologia: Esta pesquisa foi realizada por meio de uma revisão literária, abordando a temática “Quais as realidades das pessoas em situação de rua com transtornos mentais e quais os desafios em termos de proteção a esta população durante a pandemia”. A pesquisa foi realizada da seguinte maneira: [a] pesquisa em sítios eletrônicos (pubmet & Scielo) utilizando as seguintes palavras chaves em arranjo booleano: homeless *AND* pandemic *AND* mental illness ; [b] seleção do material conforme consonância com a temática da pesquisa, e [c] coleta das informações e confrontamento com a dúvida da pesquisa em planilha elaborada pelos pesquisadores. Resultados e discussão: Em tempos de pandemia, estudos apontaram que 75% da população de rua buscou alguma forma de abrigo além-rua, no qual abrigos públicos foram os mais procurados, seguidos de casas de parentes e locais abandonados. Estudos também apontaram que os abrigos públicos apresentavam limitações ao acolhimento a esta população de rua, devido a risco de aglomeração e compartilhamento de utensílios entre outras situações. Cerca de 94% da população em geral (não incluindo apenas os com transtornos mentais) tinham noção da importância da higiene para prevenir de contaminação por corona vírus , mas destes, 80% alegavam não ter acesso a produtos de higiene como álcool gel, sendo a questão financeira o principal entrave. Os dados mais atualizados mostram que cerca de 30% da população de rua apresenta algum tipo de transtorno mental, e que estes apresentam maior dificuldade de autocuidado, sendo mais propensos a riscos de contaminação e infecção por COVID-19. A ansiedade potencializada pelo momento de pandemia aumentou o consumo de tabaco, aumentando o risco de problemas pulmonares, deixando esta população mais vulnerável às complicações do corona vírus porém questões estruturais como acesso adequado de abrigos e albergues, bem como ações mais pontuais para este grupo com suas particularidade (que inclui a dificuldade de autocuidado ) não são expressas. Considerações finais: Pessoas em situação de rua com transtornos mentais requerem mais atenção e ações específicas durante a pandemia do COVID-19