12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Método mãe canguru - diagnósticos neonatais e freqüência do aleitamento materno à alta hospitalar

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Método mãe canguru, aleitamento materno, baixo peso ao nascer

O Método Mãe Canguru é um modelo de assistência perinatal que objetiva o cuidado humanizado do recém-nascido de baixo peso desde antes do nascimento até o acompanhamento ambulatorial. Este modelo estimula o estabelecimento do vínculo mãe-filho, promove a amamentação, melhora o desenvolvimento neurocomportamental do recém- nascido e diminui o tempo de internação na unidade neonatal. Descrever o perfil dos neonatos submetidos ao Método Canguru na Maternidade Darcy Vargas, identificando os diagnósticos neonatais mais freqüentes, e definir a freqüência do aleitamento materno à alta hospilatar. Realizou-se um estudo observacional, onde foram avaliados os recém-nascidos de baixo peso submetidos ao Método Canguru entre os anos de 2000 e 2007, com ênfase à observação de aspectos maternos e neonatais. Entre os 763 neonatos estudados, 54,5% foram do sexo feminino. Os nascimentos ocorreram por parto cesáreo em 61% dos casos, entre 24,0 e 40,0 semanas (31,9 ± 2,7 semanas) de idade gestacional; o peso de nascimento variou entre 620 e 2215g (1525 ± 343,5g). O índice de Apgar foi igual ou superior a sete em 84,9% dos pacientes. As mães, 53,3% das quais multíparas, tinham idade entre 12 e 45 anos (25,5 ± 7,1 anos). A primeira visita da mãe à unidade neonatal aconteceu em até 24 horas pós-parto em 85,6% dos casos, tendo o seu primeiro toque no recém-nascido sido observado já no primeiro dia de vida por 72,9% das mães. A primeira mamada ocorreu em média aos 16,3 ± 18,2 dias e a posição Canguru iniciada, em média, aos 15,4 ± 14,8 dias de vida. O peso da alta variou de 1705 a 3190g (2049,9 ± 208,4g), tendo sido a permanência hospitalar média de 43,5 ± 27,9 dias. Os problemas clínicos mais comumente observados foram icterícia (62,3%), distúrbios metabólicos (40,1%) e membrana hialina (35,4%). Em relação à alimentação à alta, observou-se que 69,7% estavam am aleitamento materno exclusivo, 18,8% em aleitamento materno complementado e 11,4% encontravam-se desmamados. O Método Canguru foi utilizado especialmente por neonatos prematuros de baixo peso, nascidos por parto cesareano com boa vitalidade, de mães multíparas jovens. Os problemas clínicos mais freqüentes foram aqueles comuns à prematuridade. O método propiciou um contato mãe-filho precoce, o que provavelmente facilitou a instituição e manutenção da amamentação neste grupo de risco para o desmame precoce.

Apoio / Parcerias: Maternidade Darcy Vargas

ISSN: 1807-5754