12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

História familiar de doença cardiovascular em alunos estudantes da rede estadual do ensino médio do município de Joinville, Santa Catarina: Etapa 1.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Doença cardiovascular, adolescentes, Joinville

Nas últimas décadas, os países em desenvolvimento vêm apresentando mudanças no perfil epidemiológico, passando da predominância das doenças infecto-contagiosas para uma maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis, sendo a doença coronariana a mais freqüente. No Brasil, o estado nutricional de crianças, adolescentes, e adultos também tem se modificado nas últimas décadas. O objetivo deste estudo é identificar os alunos com histórico familiar de doenças cardiovasculares. Este trabalho faz parte de um estudo maior com 3.000 adolescentes de escolas Estaduais de Joinville, nascidos nos anos de 1990 e 1991. Até o momento, participaram deste trabalho 274 alunos, sendo 59,9% do sexo feminino e 40,1% do sexo masculino. Os alunos foram entrevistados nas escolas, durante a aula, mediante o consentimento dos pais e do diretor da escola. O relato do histórico familiar de doenças cardiovasculares foi classificado segundo a American Academy of Pediatrics Committee on Nutrition (1992), a partir das seguintes diretrizes: 1) Considerando história de doença coronariana precoce se presente em parentes de 1º grau do sexo masculino com menos de 55 anos, e do sexo feminino com menos de 65 anos; 2) Considerando história de óbito por infarto agudo do miocárdio (IAM) ou história de acidente vascular cerebral (AVC) em parentes de 1º grau de qualquer idade. Dos voluntários entrevistados, 23,4% relataram ter ocorrido IAM em pelo menos um homem com menos de 55 anos e/ou uma mulher com menos de 65 anos da família. Destes, os avós foram os mais freqüentes (55,5%), seguido dos tios (23,8%) e dos pais (20,7%). Quando questionados em relação a falecimento de familiares por IAM, 24,8% relataram tal ocorrência, sendo 74,6% os avós, seguido dos tios (19,4%) e outros (6%). Em relação a AVC, 27,7% dos voluntários afirmaram a ocorrência desta doença na família, sendo mais freqüente (68,5%) nos avós, seguido dos tios (18,4%) e os outros familiares (13,1%). Os dados obtidos até o momento mostraram elevada incidência e prevalência de IAM e AVC nos familiares dos estudantes entrevistados, sendo mais freqüentes entre avós e tios. Acredita-se que este perfil nos tios esteja relacionado ao estilo de vida e hábito alimentar inadequados, características cada vez mais freqüentes atualmente.

Apoio / Parcerias: Universidade de São Paulo - Faculdade de Saúde Pública - USP

ISSN: 1807-5754