12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Padronização das metodologias de extração de DNA e amplificação via PCR para análise dos polimorfismos do gene codificante para proteína MBL (“Mannose-binding Lectin”)

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: MBL, Hepatite C, Polimorfismos

A proteína Mannose-Binding Lectin (MBL) faz parte da família das colectinas, sendo sintetizada pelos hepatócitos e secretada na corrente sangüínea. Pertencente ao sistema imune inato, reconhece e se liga a padrões de carboidratos com unidades repetidas de manose e N-acetilglucosamina presentes na estrutura de microrganismos como bactérias, vírus, fungos e parasitas. Ao opsonizar as superfícies microbianas, a ativação do Sistema Complemento é desencadeada, auxiliando a eliminação do microrganismo. Este modo de ativação do Complemento é chamado de Via da Lectina ou Via da MBL. A proteína MBL é codificada pelo gene MBL2, situado no cromossomo10q11.2-q21, e alguns polimorfismos têm sido observados. Dentre eles, seis são reconhecidos por resultar em variações consideráveis na quantidade e na funcionalidade da proteína, mesmo em indivíduos saudáveis. Baixos níveis séricos da MBL podem aumentar a susceptibilidade a infecções virais como no caso das hepatites B e C. A hepatite C é uma infecção causada pelo HCV e, segundo a OMS, estima-se que há 170 milhões de portadores no mundo, estando 4,6 milhões destes no Brasil. Sua forma crônica pode levar à cirrose hepática e ao carcinoma hepatocelular e, na maioria dos casos, estes quadros severos podem ser evitados ou postergados com um tratamento antiviral eficaz. O papel da MBL nas hepatites virais permanece sob intenso debate, porém é sabido que algumas variantes da MBL parecem estar associadas com a evolução e a resposta à terapia. Visando a analisar os polimorfismos mais freqüentes localizados na região codificante do gene MBL2, foi desenvolvido um método de amplificação baseado na PCR (Polymerase Chain Reaction). A coleta, manutenção e extração de DNA de sangue periférico foram realizadas com o emprego de FTA® Card conforme instruções do fabricante. O segmento gênico amplificado (1117pb) contém o éxon 1 e parte da região 5´ não traduzida e, após eletroforese em gel de agarose 1% e coloração com brometo de etídeo, foi confirmado com exposição à luz ultra-violeta.

ISSN: 1807-5754