12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Avaliação do uso de diferentes formas de tratamentos térmicos na esterilização de meio de cultivo em estado sólido.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Tratamento térmico, Microbiologia, Resíduos agroindustriais

O emprego de resíduos agroindustriais como substrato no cultivo microbiológico em estado sólido tem se mostrado uma alternativa bastante promissora. Desde 2003 a Univille vem desenvolvendo estudos nesse tipo de cultivo e tem como principal objetivo produzir o bioinseticida Bti a partir do emprego de cascas de banana e bagaço de cana-de-açúcar. Até o momento foi possível obter uma concentração final em esporos de até 3,5 ± 0,6 x 1012 unidades formadoras de colônias por quilograma de substrato seco. A esterilização desses materiais tem sido feita, até então, em autoclave a vapor, a 121 °C, em duas seções de 60 minutos, espaçadas de 24 horas de repouso. Com o objetivo de avaliar novas formas de esterilização, menos severas que a atual, o presente trabalho foi desenvolvido. Foram avaliados três diferentes métodos: tratamento térmico em autoclave, em estufa e em forno microondas. O substrato a ser esterilizado foi constituído de (em massa úmida) 160g de cascas de banana in natura e 25g de bagaço de cana-de-açúcar, previamente triturados e acondicionados em sacos de polipropileno com capacidade volumétrica de 2 litros. A eficiência da esterilização da mistura foi verificada a partir do plaqueamento de alíquotas do material termicamente tratado em meio de cultivo LB sólido. Os testes microbiológicos foram feitos em triplicata e conduzidos em cabine de segurança biológica. As condições de processo inicialmente testadas foram as seguintes: Autoclave, 121°C/1h; Estufa, 70°C/6h; Estufa, 70°C/6h duas vezes, intercaladas de 24 horas de repouso, e Microondas (potência de 1500W e freqüência de 2450 MHz) com tempos de residência de 5, 10 e 15 minutos. Foi constatado crescimento positivo apenas nos dois casos de utilização da Estufa. No processo de 15 min de Microondas foi verificado o derretimento e queima do substrato sendo, portanto considerado inviável para esse tipo de processo. Posteriormente, foram avaliadas novas condições: Autoclave, 121°C/30min e 121°C/20min e Microondas 1, 2, 3, 4 e 7 minutos. Houve crescimento positivo apenas na condição Microondas 1 min. A partir dos resultados obtidos pode-se verificar que, dentro das condições experimentais empregadas, tanto o uso do Autoclave 121°C/20min como o do Microondas/2 min são capazes de conduzir a uma eficiente esterilização do substrato. Entretanto, para uma maior segurança do processo em relação a contaminantes indesejáveis, recomenda-se os tempos mínimos de 30 minutos para a autoclave e de 3 minutos no caso do uso de microondas.

Apoio / Parcerias: FAP/ UNIVILLE

ISSN: 1807-5754