12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Seleção e melhoramento genético da ostra nativa Crassostrea brasiliana – Fase 1

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: ostra, genética, melhoramento

A aqüicultura é a atividade de cultivo que visa aumentar a produção aquática através da intervenção do homem com o uso de tecnologias possibilitando o desenvolvimento sustentável. Há poucos anos os oceanos eram considerados fontes inesgotáveis de proteína animal capazes de sustentar toda a população. Na década de 80, devido a muitos recursos estarem sobrexplotados, as atenções voltaram-se ao ordenamento pesqueiro e a aqüicultura. O cultivo de moluscos bivalves (ostras, mexilhões, vieiras e berbigões), representa uma parcela significante da produção mundial de pescados. Em 2000, a produção de moluscos bivalves através da pesca e da aqüicultura, totalizou 15.483.106 toneladas, sendo que entre os anos de 1992 e 2003 houve um aumento contínuo na produção destes animais, passando de uma produção de 7,2 milhões de toneladas em 1992 para mais de 15 milhões de toneladas em 2003 (FAO, 2005). Esta atividade não só promove uma colheita sustentável de alta qualidade, como também possibilita a fixação de comunidades tradicionais costeiras em seus locais de origem, gera empregos e desenvolvimento social local, ao mesmo tempo em que proporciona benefícios ao ambiente marinho. O desenvolvimento do cultivo de moluscos marinhos está concentrado nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, e os principais moluscos produzidos são mexilhões, ostras e vieiras. Por ser uma atividade simples, economicamente rentável e geradora de empregos, o cultivo de moluscos tem se desenvolvido bastante no Brasil com o mexilhão (Perna perna), a vieira (Nodipecten nodosus) e ostras do gênero Crassostrea, principalmente a exótica C. gigas. Para as espécies nativas se tornarem atrativas do ponto de vista comercial é necessário incrementar as taxas de crescimento através de programas de seleção e melhoramento genético. Nestes programas é necessário a produção de um grande número de famílias, o que é viável através de larviculturas em pequena escala. Os valores de crescimento obtidos no cultivo de diferentes famílias de ostras permitirão estimar parâmetros genéticos que direcionarão as estratégias de exploração da variabilidade para maximizar os ganhos de seleção em programas de melhoramento. Com este objetivo foi instalado um laboratório de produção de larvas de ostras nativas dentro do Laboratório de Moluscos Marinhos – UFSC. Após o assentamento as sementes serão transferidas para as áreas de cultivo selecionadas. Em São Francisco do Sul serão utilizadas as estruturas de manejo e cultivo da UNIVILLE.

Apoio / Parcerias: UFSC; UFBA; UFRN; UFRPE; UFES; UFRJ; UFPR; EPAGRI - SC; Instituto de Pesca de SP; Embrapa Meio Norte/UEP de Parnaíba; FINEP e FAP/UNIVILLE

ISSN: 1807-5754