12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Estudo da comunidade de aves costeiras em planície de maré no estuário da Baía da Babitonga (Santa Catarina, Brasil)

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Aves costeiras, Planície de maré, Baía da Babitonga

As aves costeiras utilizam uma grande variedade de ambientes com influência marítima, como estuários, planícies de maré e manguezais, utilizados para alimentação, local de repouso e nidificação. A Baía da Babitonga, importante ecossistema estuarino do litoral brasileiro, abriga grande diversidade de habitats e fontes de produção primária, sendo um ambiente favorável para concentração de diversas espécies de aves marinhas e limícolas. Entre os diferentes hábitats estuarinos, pode-se destacar as planícies de maré. Neste ambiente vivem diferentes populações de aves que utilizam os recursos alimentares ali disponíveis. Com o objetivo de estudar a comunidade de aves costeiras em planície de maré no estuário da Baía da Babitonga, foi selecionada uma planície de maré na desembocadura do córrego Olaria, em São Francisco do Sul. A coleta de dados foi realizada quinzenalmente. Em intervalos regulares de 10 (dez) minutos foi efetuada a varredura da área para o registro das espécies, número de indivíduos por espécie e hábitat ocupado (baixio, vegetação ou área alagada), numa adaptação do método de scan sampling. As observações foram realizadas sempre utilizando um binóculo Bushnell (7 x 35) para identificação das espécies e contagem de indivíduos, além de guias de campo especializados. Até o momento foram realizadas 9 amostragens, entre os meses de abril e julho, com duração média de 6 horas cada. Durante este período registraram-se 10 espécies: Egretta caerulea, Egretta thula, Ardea alba, Larus dominicanus, Pitangus sulphuratus, Phalacrocorax brasilianus, Rynchops niger, Sterna sp., Vanellus chilensis e Charadrius semipalmatus. A quantidade de espécies por amostragem oscilou ao longo do período, sendo que o maior número de indivíduos foi registrado no mês de abril (78 indivíduos) e o menor número de indivíduos no mês de maio (30 indivíduos). Apesar da Sterna sp ter representado mais de 80% do número de indivíduos amostrados no mês de julho, a E. caerulea foi a espécie mais comum, pois ocorreu em todos os meses. A espécie menos comum foi a A. Alba observada somente no mês de abril, representando apenas 1,2% do número de indivíduos amostrados. A espécie P. sulphuratus foi à única espécie tipicamente terrestre registrada, ocorrendo apenas no mês de junho. Houve o registro de apenas uma única espécie migratória, C. semipalmatus. Pelas observações realizadas até o momento há indícios de variação de espécies ao longo dos meses. A amostragem irá continuar para a obtenção de informações do ciclo anual.

Apoio / Parcerias: FAP - UNIVILLE

ISSN: 1807-5754