12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Padronização da técnica Restriction Fragment Length Polymorphisms (RFLP) para a análise da freqüência do polimorfismo no códon 54 do gene MBL2

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: MBL, Polimorfismos, Hepatite C

A infecção crônica causada pelo Vírus da Hepatite C (HCV) pode conduzir a complicações sérias como cirrose hepática e hepatocarcinoma. Uma vez que o HCV é um RNA-vírus, a sua taxa de mutações é elevada. Desta forma, esta característica viral associa-se com a elevada taxa de cronificação observada entre os infectados e com a dificuldade de desenvolvimento de vacinas profiláticas. As terapias convencionais com antivirais, como o interferon-α e a ribavirina, nem sempre alcançam um resultado satisfatório. A Mannose-Binding Lectin (MBL), uma proteína pertencente à família das “colectinas” e codificada pelo gene MBL2, é sintetizada pelo fígado e secretada na corrente sanguínea. Apresenta grande importância no reconhecimento imunológico de microrganismos invasores, integrando uma das vias de ativação do Sistema Complemento conhecida como Via da Lectina. A opsonisação microbiana pela MBL conduz, entre outros eventos, à fagocitose dos mesmos, além de atuar na modulação de diversos mediadores inflamatórios. Os níveis séricos reduzidos da MBL e a existência de formas variantes desta influenciam negativamente a susceptibilidade e patogênese de diversas infecções, incluindo a Hepatite C. O gene MBL2 apresenta três polimorfismos conhecidos na região 5’ não traduzida (-50G>C, -221G>C e +4C>T), que afetam os níveis de expressão da MBL, e três polimorfismos no éxon 1, que resultam em alterações de aminoácidos (R52C, G54D e G57E) e, conseqüentemente, reduzem a funcionalidade da mesma. Estas são conhecidas como variantes D, B e C, respectivamente, denominando-se A o tipo selvagem. O presente estudo objetivou definir uma metodologia para a análise do polimorfismo no códon 54 (GGC>GAC) do gene MBL2 baseada na técnica RFLP. Partindo de amostras-teste de sangue periférico humano, o DNA genômico foi extraído e amplificado via PCR (Polymerase Chain Reaction), produzindo-se amplicons de 1117pb. A seguir, os amplicons foram submetidos à digestão enzimática com a endonuclease BanI, durante 2 horas a 37ºC. Os produtos da digestão foram separados via eletroforese em gel de agarose a 1%, durante 3-4 horas, a 0,8 V/cm. Desta forma, até o momento foram confirmados os padrões de restrição correspondentes à homozigose (GGC/GGC; 1034 + 83pb) e à heterozigose (GGC/GAC; 1117 + 1034 + 83pb).

ISSN: 1807-5754