12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Prevalencia de potenciais interações medicamentosas em enfermaria clínica de Joinville

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Interação medicamentosa, toxicidade medicamentosa, farmacoterapia indesejada

Uma interação medicamentosa ocorre quando uma droga altera o efeito de outra, e o resultado pode ser nocivo se aumentar a toxicidade ou reduzir a finalidade terapêutica. São usualmente imprevistas e indesejáveis. Desta maneira, conduzimos um estudo com o objetivo de verificar a prevalência e o perfil das interações medicamentosas na enfermaria de um hospital público do município de Joinville. Os dados coletados fazem parte de um estudo multicêntrico randomizado para análise dos Indicadores do Uso Racional de Medicamentos, financiado pelo CNPq, com apoio institucional da UNIVILLE. Foi analisada a primeira prescrição de pacientes admitidos à enfermaria clínica do Hospital Municipal São José, nas datas pré-selecionadas (3 dias por mês). Foram coletados de 24 a 30 pacientes por mês. Para este estudo, foram utilizados dados dos meses de maio, junho e julho de 2006. Para o processo de checagem de interações medicamentosas potenciais foi realizada combinação duas a duas das drogas usadas e análise através do software iFacts2005 versão para Palm OS. Foram analisados 76 pacientes, dos quais 27% tinham a presença de interações medicamentosas na prescrição médica. Das 1098 potenciais interações analisadas, foram encontradas 41 interações medicamentosas. A média de idade da amostra foi de 56 anos, e a média daqueles com interações medicamentosas foi 58 anos. Das 32 diferentes drogas envolvidas, as mais freqüentes foram: propranolol, furosemida, captopril e digoxina. As interações medicamentosas mais encontradas foram entre captopril e furosemida, e propranolol e paracetamol. Quanto à severidade, 17% apresentam risco à vida do paciente ou dano irreversível, 46% estão associadas a piora do estado geral, e 36% levam a dano leve ou imperceptível. Das interações encontradas, 12% não devem ser utilizadas, 21% devem usualmente ser evitadas, e 12% devem ter seus riscos minimizados. A amostra analisada apresentou elevado índice de potenciais interações medicamentosas, evidenciando a necessidade de cuidados intensos a possíveis efeitos nocivos. O médico assistente deve ser incentivado exaustivamente a monitorar os pacientes submetidos a interações de risco, bem como a evitar o uso concomitante de determinadas drogas, sob risco de agravar a condição geral do paciente.

Apoio / Parcerias: Hospital Municipal São José; UNIVILLE; Universidade Federal do Rio Grande do Sul; CNPq

ISSN: 1807-5754