12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Aplicação do Ensaio Cometa em células de sangue humano

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Ensaio Cometa, genotoxicidade, células sanguíneas

O ensaio Cometa sob condições alcalinas, introduzido por Singh et al. em 1988, é uma técnica eletroforética sensível, reprodutível, simples e rápida para a detecção da presença de quebras de fita única de DNA e de lesões em sítios sensíveis à álcali nas células. Através da técnica é possível a avaliação de dano e de reparo do DNA em células proliferantes e não proliferantes a nível individual, a detecção de diferenças intercelulares e o emprego de amostras celulares extremamente pequenas. Além disto, os resultados podem ser obtidos em um único dia e o custo para a realização da técnica é relativamente baixo. A finalidade do trabalho foi constatar a eficiência da técnica do ensaio Cometa em células eucarióticas. No ensaio realizado em células de sangue humano, foi empregada a metodologia descrita no Procedimento Operacional Padrão do INCQS/ Fiocruz baseado em diretrizes estabelecidas por Speit e Hartmann, 1997 a partir do trabalho original de Singh et al. (1988) e de modificações introduzidas. O sangue total (10 μL) foi misturado com a agarose low melting point (120μL) 0,5%, e distribuída sobre lâminas de microscopia, pré-gelatinizadas com agarose de ponto de fusão normal 1,5%. Após 10 min em geladeira, removeram-se as lamínulas e as lâminas foram imersas em solução de lise, em geladeira por 1h, para que se destituíssem os componentes de membrana das células. Após a lise, as lâminas foram levadas para cuba eletroforética, imersas em tampão fresco para eletroforese e deixadas em repouso por 40 min para desnaturação do DNA, mais 25 min em corrida eletroforética. Em seguida, as lâminas foram neutralizadas com tampão por 15 min, secas e fixadas em etanol 96% por 10 min, e armazenadas até análise. O DNA foi corado pelo brometo de etídio e a análise foi feita em microscópio de fluorescência a um aumento de 400x. As células que apresentaram danos crescentes no DNA mostraram migração aumentada de DNA cromossômico do núcleo, que se assemelha à forma de um cometa. A avaliação da extensão de migração do DNA segundo a intensidade da cauda dos cometas é feita de acordo com 4 diferentes classes: classe 0, ausência de cauda; classe 1, pequena cauda; classe 2, grande cauda; classe 3, totalmente danificado. Ao final da análise, pode-se verificar núcleos das classes 0 á 2 presentes em uma mesma lâmina. Com isso, pode-se comprovar a eficiência da técnica do ensaio Cometa em células de sangue humano.

ISSN: 1807-5754