12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Avaliação da dispensação do anticoagulante oral varfarina na farmácia escola sus/univille

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Dispensacao, varfarina, atencao farmaceutica

No ato da dispensação, o farmacêutico informa e orienta o paciente sobre o uso adequado do medicamento. São elementos importantes da orientação, entre outros, a ênfase no cumprimento da dosagem, a influência dos alimentos, a interação com outros medicamentos, o reconhecimento de reações adversas potenciais e as condições de conservação dos produtos. A informação prestada ao paciente no ato da dispensação é tão importante quanto o medicamento por ele recebido. O presente estudo propõe a avaliação da dispensação do anticoagulante oral Varfarina e contribuir com a construção de conhecimento para a implementação da prática da Atenção Farmacêutica. O estudo está sendo realizado na Farmácia Escola - SUS/UNIVILLE que é uma parceria entre a Universidade da Região de Joinville e a Secretaria Municipal de Saúde de Joinville. O tipo de estudo é o de caso observacional, utilizando como técnica de coleta de dados a observação participante, a análise documental e a utilização de instrumentos de pesquisa estruturados para avaliação da dispensação. O instrumento para coleta de dados, é composto da avaliação farmacoterapêutica, que foi elaborado para obtenção de dados como conhecimento do paciente sobre a doença, regime posológico e possíveis interações medicamentosas e alimentares, e da avaliação da dispensação. O instrumento foi aplicado a 100 pacientes sendo que destes, 20 foram excluídos por não terem respondido o questionário na totalidade, perfazendo 80 pacientes participantes do estudo. Segundo os dados analisados, 66 (82,5%) pacientes relataram ter recebido informações sobre as possíveis interações medicamentosas, sendo que 32 (40%) destes demonstraram interesse em receber alguma informação adicional e outros 34 (42,5%) não têm interesse algum, pois relatam que as informações passadas pelo médico são suficientes para o conhecimento sobre a terapia. Dos 80 pacientes participantes, 43 (53,75%) não se aconselharam durante a dispensação, porém avaliaram este ato como bom, possivelmente por não terem conhecimento da relação que pode ser estabelecida entre dispensador/paciente e 35 (43,75%) classificaram este como ótimo por receberem o medicamento gratuitamente. De todos os pacientes entrevistados, 65 (81,25%) relataram não ter recebido conselhos na farmácia, classificando a dispensação como boa ou ótima pelo mesmo motivo anterior. A partir dos resultados estima-se que os pacientes ignoram o papel do profissional farmacêutico e associam a qualidade do atendimento ao provimento gratuito do medicamento.

Apoio / Parcerias: FAP/ UNIVILLE

ISSN: 1807-5754