12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Caracterização de assobios em alta freqüência de Sotalia guianensis (Cetacea: Delphinidae) na Baía da Babitonga em São Francisco do Sul – SC

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Sotalia guianensis, bioacústica, assobios

As informações sobre a bioacústica de Sotalia guianensis ainda são escassas, restringindo-se a caracterização de sons até 24 kHz. O presente trabalho têm como objetivo analisar a ocorrência de assobios em alta freqüência emitidos por golfinhos desta espécie na Baía da Babitonga, São Francisco do Sul. A obtenção dos registros sonoros iniciou-se em janeiro de 2007 e está em andamento. A aquisição do som é feita a partir de um gravador digital, e um hidrofone posicionado a 2 m de profundidade, com o motor da embarcação desligado a uma distância máxima dos animais de 50 metros. O sistema de aquisição permite o registro de sons ate uma freqüência de 60 kHz. Em laboratório são gerados sonogramas com o auxílio do programa Avisoft-SASLab Pro 4.1 e definidas as freqüências inicial, final, modulação e tempo de duração dos assobios. Foram analisados até o momento 42,81 minutos de gravação e identificados 23 assobios; outros 31 assobios foram excluídos por não apresentarem contornos espectrais visíveis. A taxa de emissão (assobios/minuto) abaixo de 20 kHz foi de 5,61 assobios/minuto, e acima de 20 kHz de 1,64 assobios/minuto. Os dados, embora preliminares, mostram a presença de assobios acima de 20 kHz, alcançando a freqüência final máxima de 28,3 kHz. Dentre os assobios abaixo de 20 kHz foram registrados: 1 assobio regular simples, 14 assobios ascendente simples, 2 assobios modulados com duas inflexões e 1 assobio modulado com 6 inflexões. Na freqüência acima de 20 kHz foram registrados: 2 assobios ascendente simples, 1 assobio modulado com duas inflexões, 1 assobio modulado com 4 inflexões e 1 assobio modulado com 13 inflexões. Os dados indicam que a maior parte dos sons de comunicação social que a espécie emite esta na faixa audível. O assobio do tipo ascendente, encontrado com maior freqüência na maioria dos trabalhos com a espécie, também teve maior ocorrência neste estudo na faixa acima de 20 kHz. Contudo, é possível que os dados aqui apresentados estejam sendo influenciados pelo reduzido período de análise.

Apoio / Parcerias: FAP/UNIVILLE

ISSN: 1807-5754