12° Seminário de Iniciação Científica

De 01/10/2007 à 05/10/2007

Características sociais de São Francisco do Sul e Araquari no século XIX

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: certidões, óbito, batismo

A temática da pesquisa está relacionada ao projeto intitulado "Ocupação histórica do território correspondente aos municípios de Araquari, Balneário Barra do Sul e São Francisco do Sul - fase 2", coordenado pela Professora Mestre Eleide Abril Gordon Findlay. Para o desenvolvimento deste projeto foi feita a ánalise de certidões de óbito e batismo referente ao século XIX, dos municípios de São Francisco do Sul e Araquari, e dos relatórios dos Presidentes da Província de Santa Catarina apresentados perante a Assembléia Legislativa durante o período estudado. Dentre as inúmeras informações obtidas nos relatórios dos Presidentes da Província, o mapa do ano de 1866, traz dados relevantes para pesquisa por conter as seguintes as informações: nacionalidade, religião, estado civil, ocupação, renda, sexo, cor, condição social, número de casas e de fogos nas freguesias de Nossa Senhora da Graça de São Francisco e Senhor Bom Jesus de Paraty (atual Araquari). De início, pode-se afirmar que a quantidade de estrangeiros residentes era muito menor do que a população total, e que nas duas cidades a grande maioria de habitantes seguiam o catolicismo e bem poucos participavam de outros cultos. Em ambas existia um índice maior de menores em relação aos adultos, logo indicando que as famílias eram numerosas, e, por este motivo encontram-se mais solteiros do que casados. Entre as ocupações, existia um número maior de empregados públicos e comerciantes em São Francisco do que em Paraty, e o que o documento chama de proprietários existiam somente 2 em São Francisco, nenhum em Paraty. A população das duas cidades era basicamente de lavradores, contando também com alguns artesãos. Tanto em São Francisco como em Paraty a maioria da população encontrava-se na faixa de renda entre 100$ a 500$. e em nenhuma das localidades existiam pessoas com a mais alta faixa de renda (de 10 mil a 20 mil réis). Uma questão importante refere-se ao sexo, já que nas duas localidades o maior número era de mulheres, evidentemente a maioria era de brancos, mas contando com pardos e pretos, sendo que os escravos constítuam-se em aproximadamente 25% da população total. De uma maneira geral, é extremamente relevante a informação da existência de uma população escrava tão numerosa em uma região que "aparentemente" pouco uso fez da mão-de-obra escrava.

ISSN: 1807-5754