O papel reciclado, fabricado pelo método tradicional, o artesanal, normalmente possui uma qualidade estética superior ao do processo industrial, sendo frequentemente utilizado para a confecção de produtos gráficos como: convites, cartões timbrados, folhetos e edições especiais. Entretanto, a sua superfície porosa e desigual, compromete a realização de impressões. Ao acompanhar a confecção desse tipo de papel com adição de fibra de bananeira, em um grupo de mulheres rurais apoiado pelo projeto de extensão “Mulher com Fibra” da UNIVILLE, buscando garantir a qualidade das folhas fabricadas e de torná-lo uma fonte de renda para essas mulheres, verificou-se a necessidade de identificar os sistemas de impressão mais adequados para os papéis obtidos por elas hoje. Assim, este estudo busca avaliar a qualidade da impressão realizada com diferentes técnicas sobre o papel reciclado artesanal com fibra de bananeira e propor a melhor técnica a ser utilizada. Usando a como critério a nitídez o efeito da tinta sobre o papel, se ela borrou, se o papel absorveu ou não a tinta se as tonalidades ficaram como as planejadas. Para tanto foi realizado testes de impressão, em preto-e-branco e colorido, com os sistemas offset, serigrafia, laser e jato de tinta. Para cada sistema são utilizadas 2 folhas de tamanhos A2, A3 ou A4 e os ensaios de impressão realizados sobre folhas com e sem fibra de bananeira. Analisou-se também o efeito da aplicação do revestimento com carboximetilcelulose, CMC, 1,66% (m/v) sobre as folhas já secas. Como critérios para definição da qualidade da impressão têm-se a nitidez, a absorção da tinta e facilidade de aderência do papel pelo sistema usado. Os resultados preliminares apontam que o revestimento de CMC é necessário quando as folhas são usadas para impressão em sistemas jato-de-tinta e offset, pois sem o revestimento observa-se leve dispersão da tinta sobre a folha, comprometendo a nitidez e, portanto a qualidade da impressão. Porém, um dos pontos negativos de aplicar a CMC dessa forma é que retarda a disponibilização das folhas para impressão. Sugere-se que a CMC seja adicionada à polpa ainda no tanque, pois essa apresenta a propriedade adesiva necessária e por preencher os poros durante a prensagem das folhas atribuirá melhor qualidade para a impressão ao papel obtido.