4º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 26/05/2008 à 30/05/2008

Produção de Pleurotus djamor UNIVILLE 001 em casca de banana e palha de bananeira

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Pleurotus djamor, casca de banana, cultivo sólido

A casca de banana é um resíduo gerado em empresas de processamento da banana e provoca transtornos como a proliferação de mosquitos. A palha das folhas da bananeira são resíduos agro-industriais encontrados na Região Nordeste de Santa Catarina e são, tradicionalmente, dispostas no solo como cobertura morta. Um destino alternativo para estes resíduos é a utilização na produção de fungos do gênero Pleurotus. O gênero Pleurotus, da classe dos Basidiomicetos, possui fungos comestíveis com elevado potencial nutricional e terapêutico. Fungos deste gênero possuem aminoácidos essenciais, ácidos graxos insaturados, proteína de qualidade, carboidratos, fibra bruta, vitaminas do complexo B, ácido fólico, potássio, fósforo e ferro disponível. Com relação ao potencial terapêutico, além da capacidade de modular o sistema imunológico, possui atividade hipoglicêmica e antitrombótica, diminui a pressão arterial e colesterol sangüíneo, e possui ação antitumoral, antinflamatória e antimicrobiana. O gênero Pleurotus cresce em uma ampla variedade de resíduos agro-florestais por possuírem um complexo enzimático lignocelulolítico único, que os habilita a decompor substratos indisponíveis para a grande maioria dos organismos como a lignina e a celulose. Assim, tanto a palha da bananeira quanto a casca da banana são resíduos que favorecem o crescimento de fungos deste gênero. Com o intuito de valorizar os resíduos da cultura da banana, este trabalho teve por objetivo o aproveitamento da casca da banana para produção de corpos frutíferos (cogumelos) de Pleurotus djamor UNIVILLE 001, isolado no Campus I da UNIVILLE. A produção de corpos frutíferos foi realizada utilizando-se casca seca ou casca in natura de banana e palha de bananeira, em diferentes proporções, pasteurizadas em vapor d’água por 1 hora e suplementadas com 5% de farelo de arroz. Os parâmetros avaliados foram o rendimento (R%), a eficiência biológica (EB%) e a (PMO%). A palha de bananeira utilizada isoladamente favoreceu o R (83,4 %) e a EB (8,0 %). No entanto, maior PMO (60,0 %) foi observada quando se utilizou a mistura casca in natura de banana e palha de bananeira na proporção (1:1).

Apoio / Parcerias: PIBIC/CNPq

ISSN: 1808-1665