4º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 26/05/2008 à 30/05/2008

Uso de equipamentos de proteção individual (EPI) numa oficina de produção de papel reciclado artesanal: uma proposta de melhoria do projeto “Mulher com Fibra”

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: mulher rural, saúde e segurança, EPI’s

O projeto de extensão “Mulher com Fibra: manutenção, aperfeiçoamento e autonomia na geração de trabalho e renda” têm como objetivo desenvolver produtos em produção comunitária a partir de resíduos de papel de escritório e de subprodutos do cultivo da banana, apoiando inicialmente um grupo formado por mulheres da área rural de Joinville/SC. No início do segundo semestre de 2007, segundo ano de atuação do projeto, realizou-se uma reunião com a representante do grupo de mulheres e os parceiros do projeto (UNIVILLE, Instituto Consulado da Mulher e Fundação Municipal de Desenvolvimento Rural 25 de Julho). Nesta reunião, foi possível rever a forma e a periodicidade dos encontros da equipe da UNIVILLE com o grupo e a necessidade delas em dispor de mais tempo para a produção artesanal. A partir desse momento, a equipe da UNIVILLE também pode trabalhar de forma mais sistemática os aspectos que ainda eram apenas observações: fatores relacionados ao uso de maquinário e a saúde e segurança das envolvidasno processo de produção do papel. Fato este que originou o vínculo de uma mestranda do Programa de Mestrado em Saúde e Meio Ambiente para propor alterações na técnica de produção do papel artesanal. Para tanto, contou-se com a colaboração do grupo de mulheres no registro da percepção delas quanto ao trabalho na oficina. Esta ação foi realizada em 3 etapas: a) em outubro de 2007 um profissional técnico em segurança do trabalho, conversou com as mulheres sobre acidentes de trabalho, uso correto de EPI’s e sua importância. Após esta conversa, cada participante do grupo recebeu um kit de EPI’s contendo (luva de látex, óculos de acrílico, protetor auricular, máscara descartável, bota de borracha e jaleco) e ainda, uma ficha-controle de entrega destes equipamentos; b) no mês seguinte foram aplicadas entrevistas semi-estruturadas individuais com o objetivo de aborda-las sobre suas percepções quanto ao uso EPI’s no trabalho em laboratório, e quanto a estrutura física disponível (equipamentos, postura, possíveis melhorias); c) a partir dessas entrevistas, algumas propostas de melhorias foram identificadas e estão em fase de aplicação, como o uso de luvas mais longas, luvas para uso em alta temperatura, posição adequada do corpo na utilização da prensa e altura das bancadas e tanque. Portanto, foi possível identificar que o trabalho integrado entre universidade, OCIP, poder público e comunidade é uma iniciativa capaz de gerar crescimento técnico-científico e melhoria do bem-estar aos integrantes do projeto.

Apoio / Parcerias: FMDR 25 de Julho; Instituto Consulado da Mulher

ISSN: 1808-1665