4º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 26/05/2008 à 30/05/2008

Desenvolvimento de compósitos e resina poliéster com fibras de palmito pupunha

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: fibras vegetais, híbrido, tramas

A agroindústria da região de Joinville caracteriza-se pela produção de banana e arroz, sendo que a cultura de palmito pupunha está em ascensão. Durante a extração do palmito, ocorre a geração de grande quantidade de resíduos, tais como o caule e as folhas. Estudos recentes tem aplicado fibras vegetais em compósitos, embora essas apresentem caráter hidrofílico e podem afetar negativamente as propriedades mecânicas destes materiais em virtude da fraca adesão com a maioria das matrizes. A fibra de vidro é um material comumente utilizado no desenvolvimento de produtos, principalmente por ter excelente resistência à corrosão e umidade, manter as propriedades mecânicas sob altas temperaturas, além da facilidade de processamento e baixo custo, porém, é de difícil reaproveitamento e tóxica. A oportunidade de agregar valor aos resíduos da pupunheira e reduzir a aplicação de fibras de vidro em compósitos de matriz poliéster, motivou o grupo a realizar estudos com fibra de vidro/fibra vegetal, em substituição às fibras de vidro por fibras orgânicas ou a utilização conjunta das mesmas, denominados híbridos. Essas aplicações podem ser uma alternativa viável na geração de produtos. O estudo apresentou dois momentos, o primeiro foi definir a influência de diferentes tratamentos químicos nas nervuras centrais dos seguimentos foliares das pupunheiras distribuídas aleatoriamente e seu reflexo sobre a morfologia e a estabilidade térmica dessas fibras, bem como nas características mecânicas dos compósitos obtidos (MOREIRA et al., 2007) (SANTOS et al., 2007). O segundo buscou aplicar fibras de forma orientada, neste caso tramas com 5 e 10 mm de espaçamento entre elas obtidas a partir das nervuras centrais dos seguimentos foliares (fibras longas), sem tratamento químico prévio. Tanto em compósitos híbridos como somente na presença de fibras vegetais em matriz poliéster insaturado na proporção matriz/fibra de 10% em massa foi realizado ensaios de tração, impacto e absorção de água, conforme normas ASTM específicas (FARIAS et al., 2007) (OLIVEIRA et al., 2007). No primeiro estudo observou-se que o tratamento químico não influenciou significativamente a temperatura de início de degradação térmica, nem a temperatura máxima de degradação da fibra. As análises de MEV e TGA das amostras apontam a decapagem das fibras a partir de 72h. No segundo estudo foi observado que a diferença do espaçamento das tramas no compósito não teve influência significativa, no ensaio de absorção de água, já nos compósitos com tramas híbridas essa diferença foi expressiva.

Apoio / Parcerias: CNPq FAP/Univille

ISSN: 1808-1665