4º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 26/05/2008 à 30/05/2008

MODELAGEM DO DESENVOLVIMENTO DO SARCOMA 180

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Modelagem, Sarcoma 180, Subcutâneo

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer para o ano de 2008 apontam para mais de 450 mil novos casos de câncer no Brasil, sendo os de maior incidência os de pele não-melanoma, mama feminina, próstata, colo de útero e pulmão. O tratamento para esta doença comumente é a intervenção cirúrgica, combinada com quimioterapia e/ou radioterapia. Porém estes procedimentos não são específicos para as células tumorais, atacando também as células normais do organismo, gerando graves reações adversas. A busca de medicamentos antineoplásicos menos agressivos ainda está em desenvolvimento. Um novo fármaco deve ter garantida sua segurança e eficácia, sendo necessário comprovar os efeitos biológicos da molécula por estudos in vitro e in vivo com animais, antes de iniciar os estudos clínicos em seres humanos. Nesse contexto, este trabalho teve como objetivo estruturar modelo de desenvolvimento do tumor Sarcoma 180 em camundongos e ratos. A metodologia de inoculação testada foi a implantação de células, obtidas de líquido ascítico, no peritonio e no dorso dos animais. Estes animais foram acompanhados diariamente para observar alterações de comportamento. Foram também testadas as concentrações de inóculo tumoral, sendo de 10x106 cel/mL e 25x106 cel/mL em camundongos e de 25x106 cel/mL e 100x106 cel/mL em ratos. A cada 10 dias, dois animais de cada concentração foram retirados do grupo, sacrificados e seu tumor avaliado quanto a peso e volume. Análises histopatológicas também foram realizadas. Como resultado foi possível estabelecer um padrão para a indução do Sarcoma 180, sendo este implantado no dorso do animal. Quanto a concentração de inóculo de Sarcoma 180, o volume médio tumoral em camundongos foi de 24,1 cm3 para 10x106 cel/mL e de 206,2 cm3 para 25x106cel/mL e o peso médio do tumor foi de 2,8 g e 27,5 g, respectivamente. Já para ratos, foi observado um volume médio final de 4,5 cm3 para 25x106cel/mL e de 23 cm3 para 100x106cel/mL e peso médio do tumor de 0,9 g e de 2,7g, respectivamente. Com base nos resultados obtidos, ficou constatada a influência da concentração do inóculo sobre o desenvolvimento tumoral. As análises histopatológicas demonstraram uma pequena quantidade de estroma, indicando a grande velocidade do crescimento tumoral.

ISSN: 1808-1665