13º Seminário de Iniciação Científica

De 20/10/2008 à 24/10/2008

Comparação de bioensaios em sedimento e em água empregando o anfípoda Hyalella azteca.

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Testes Ecotoxicológicos, Hyalella azteca, Sedimento

O alto nível de industrialização, a necessidade do aumento de produção juntamente com a intensa densidade populacional, distribuídas, geograficamente, próximas aos rios e regiões litorâneas, e as atividades agrícolas têm aumentado significativamente os lançamentos de despejos e resíduos nos cursos d’água, alterando negativamente sua qualidade. Ao entrarem em contato com o sedimento, esses poluentes podem se associar a certas partículas, sofrer transformações ou migrar do sedimento para os organismos bentônicos ou para a coluna d’água, desencadeando efeitos agudos e/ou crônicos a essas comunidades.Considerando este contexto, o presente trabalho teve como objetivo verificar se a espécie epibêntica Hyalella azteca pode ser empregada como organismo bioindicador da qualidade além de sedimento também de água. Para isso, foram definidos dois corpos hídricos distintos de coleta de sedimento e água, Rio do Ferro (Ponto 1) e Rio Piraí (Ponto 2), nos quais análises físico-químicas da água têm sido previamente realizadas. A metodologia dos testes ecotoxicológicos, tanto com sedimento como das amostras de água, seguiram os procedimentos estabelecidos no manual de Avaliação da Toxicidade de Poluentes a Organismos Aquáticos da CETESB (2006). Foram ainda realizados bioensaios com o solubilizado do sedimento, obedecendo às normas da ABNT NBR 10.006/2004. Ensaios em branco paralelos (somente meio MS) foram empregados para comparação dos resultados com os Pontos 1 e 2. Em duas das três campanhas de amostragem realizadas, o Ponto 2 se mostrou em estado mais comprometido de contaminação do que o Ponto 1, visto ter apresentado até 0% de sobrevivência dos organismos, sendo o Ponto 1 apresentou, no mínimo, 60%. Esse comportamento foi verificado tanto para os biotestes com sedimento como com água e solubilizado. Com esses resultados, observa-se que não há subsídios suficientes para poder afirmar a viabilidade do emprego do organismo Hyalella azteca como bioindicador de toxicidade de água. Como continuidade da pesquisa, sugere-se a realização de bioensaios com amostras de água usando a Hyalella azteca e o organismo Daphnia sp., em paralelo.

Apoio / Parcerias: CNPq

ISSN: 1807-5754