O óleo utilizado para fritar alimentos é um dos componentes do esgoto doméstico. A falta de políticas públicas ambientais e de sensibilização da população faz com que esses óleos continuem sendo despejados indiscriminadamente nos afluentes e no solo atingindo os rios e os lençóis freáticos, causando inúmeros prejuízos a qualidade dessas águas. O excesso de óleos nos efluentes pode exterminar com os fitoplânctons, espécie de algas microscópicas, comprometendo assim a base da cadeia alimentar aquática em virtude da diminuição do nível de oxigênio. Por isso, faz-se necessário reaproveitamento do óleo utilizando-o, por exemplo, na fabricação de detergentes e sabão, evitando assim os impactos ao meio ambiente. Assim, o objetivo do trabalho foi analisar o resíduo gerado da reação de saponificação utilizando como matéria prima óleo de fritura, por meio da análise do pH e da alcalinidade. A fim de comparar os resultados obtidos por meio da reação de saponificação realizaram-se análises no sabonete líquido utilizado no laboratório para limpeza de vidrarias, no sabonete utilizado nos banheiros do campus da UNIVILLE e uma amostra de sabão caseiro. Os valores obtidos com as análises do pH foram; 12,72 para o resíduo da reação de saponificação, 10,24 para o sabonete dos laboratórios, 10,37 para sabonete usado nos banheiros da UNIVILLE e 9,03 para o sabão caseiro. Os resultados foram comparados com os níveis estabelecidos pela Resolução CONAMA Nº 357 de 17 de março de 2005, a qual estabelece um pH ótimo para lançamento de efluente entre 5 e 9. Os valores encontrados nas amostras são superiores ao estabelecido pela resolução evidenciando assim, a necessidade de tratamento do efluente. Para o teste de alcalinidade primeiramente diluiu-se cada amostra na proporção de 1:100. Os resultados obtidos com a titulação com ácido sulfúrico, 0.02N para a determinação da alcalinidade foram respectivamente: 35900mL para o resíduo, 1900mL para sabonete dos laboratórios, 2300mL para sabonete dos banheiros e 3300mL para o sabão caseiro. A alcalinidade de uma amostra indica a capacidade do efluente neutralizar ácidos e a Resolução vigente não prevê níveis de alcalinidade para efluentes. Era esperado valores elevados para a alcalinidade, pois o pH das amostras são considerados altos.