13º Seminário de Iniciação Científica

De 20/10/2008 à 24/10/2008

Biorremediação de solos contaminados por óleo diesel provenientes de postos de combustível

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Biorremediação, óleo diesel, Pleurotus

O óleo diesel é utilizado em motores de combustão interna e ignição por compressão tendo estes sido empregados nas mais diversas aplicações como: automóveis, furgões, ônibus, caminhões, pequenas embarcações marítimas, dentre outras. Embora atualmente estudos para produção/aplicação do biodiesel estejam sendo desenvolvidos pela comunidade científica, a produção de óleo diesel de origem petroquímica ainda é crescente. No entanto, o óleo diesel pode causar uma diversidade de danos ambientais, comprometendo uma grande gama de recursos naturais. A atenção para com o ambiente frente ao óleo diesel é readquirida principalmente quando grandes acidentes ocorrem, porém é no dia a dia que pequenos e contínuos acidentes, potencialmente perigosos, acontecem, como a infiltração de óleo diesel no solo por derramamento proveniente de postos de combustível nos centros urbano. O óleo diesel, analiticamente determinado como hidrocarbonetos totais do petróleo (TPH), é uma mistura de alcanos e compostos aromáticos que freqüentemente são reportados como contaminantes do solo. Uma das formas mais apropriadas para recuperar o solo contaminado é o uso de microrganismos capazes de degradar compostos tóxicos em um processo denominado biorremediação. É sabido que fungos da podridão branca, da classe dos basidiomicetos tais como, Pleurotus spp têm se demonstrado capaz de degradar compostos recalcitrantes. Considerando que pesquisas realizadas na instituição mostraram que o Pleurotus sajor caju foi eficiente em degradar substâncias organocloradas como 2,4 diclorofenol e 2,4,6 triclorofenol, o objetivo deste trabalho foi avaliar a degradação do óleo diesel em solos contaminados por este microrganismo. Para isto, células do fungo foram cultivadas por 15 dias – 30ºC a 150 min–1 em frascos de Erlenmeyer (500mL) contendo 100 mL de meio TDA adicionado de 3 g de solo contaminado e/ou glicose (10g/L). O microrganismo foi capaz de utilizar o diesel presente no solo, porém o melhor resultado de degradação foi obtido tendo glicose como co-substrato presente no meio de cultivo. Os resultados confirmam a capacidade de P. sajor caju em degradar TPH, o que levou a dar continuidade ao trabalho realizando um estudo comparativo de diferentes processos de biorremediação do solo contaminado com óleo diesel, verificando os processos de atenuação natural, bioestimulação e bioaumentação. As análises destes ensaios estão em andamento.

Apoio / Parcerias: Universidade da região de joinville; IP instituto de Pesquisas

ISSN: 1807-5754