13º Seminário de Iniciação Científica

De 20/10/2008 à 24/10/2008

Produção do bioinseticida Bti por processos de cultivo integrados e avaliação da influência das operações de acabamento sobre a eficiência do produto

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, JOINVILLE

Palavras-chave: Bioinseticida, Processo fermentativo, Bti

A região nordeste de Santa Catarina possui vários rios de água limpa e com correntezas, principalmente nas proximidades da serra geral. Esse ambiente é propício para o desenvolvimento dos mosquitos Simulium pertinax, conhecidos como borrachudos. O controle biológico destes insetos vem sendo realizado pelos órgãos governamentais através do uso do bioinseticida Bti. Esse produto é importado e sua produção industrial tem sido normalmente realizada a partir do cultivo da bactéria Bacillus thuringiensis var. israelensis em processo submerso. Após o cultivo, o caldo fermentado normalmente necessita de várias etapas de acabamento visando a sua formulação e padronização, o que pode resultar num elevado custo de produção. A busca de processos mais simples, sem a necessidade de formulações complexas que requeiram muitas operações unitárias, tem se mostrado uma boa alternativa para a obtenção do bioinseticida Bti na própria região onde deverá ser aplicado. Desde 2003 a Univille vem desenvolvendo pesquisas neste sentido, tanto no processo submerso como no processo sólido. Este trabalho teve como objetivo avaliar a integração desses dois processos de produção de forma a obter um produto de alta toxicidade e de baixo custo de produção. Para tanto, foram realizados dois ensaios de integração a partir do cultivo prévio da bactéria em processo semicontínuo com volume de trabalho de 1,5L e conduzido em biorreator Biostat B a 30ºC, 0,5 vvm e freqüência de agitação variável entre 450-800 min-1 : (1) uso de diferentes volumes de inóculo (10, 50 e 100mL) proveniente do processo semicontínuo em substrato sólido, com posterior incubação da mistura durante 9 dias; (2) uso dos resíduos bagaço de cana-de-açúcar e cascas de banana apenas como suporte sólido da suspensão microbiana. Em ambos os casos os produtos finais foram submetidos à dois tipos de acabamento: (a) cominuição de 195g massa úmida em liquidificador durante 5 minutos seguido de secagem; (b) inversão das operações de cominuição e secagem. A operação de secagem foi conduzida em bandejas de polipropileno 30x28x8cm a 60 °C durante 24 horas. Até o momento, apenas a condição 1 com 10mL de inóculo foi totalmente concluída. Foram obtidas as concentrações finais de esporos de 2,17x109 UFC/gST para o caso (a) e 3,01 x109 UFC/gST para o caso (b) com as respectivas doses letais DL50 de 1,4g/L e 0,52g/L.

Apoio / Parcerias: FAP/Univille

ISSN: 1807-5754