13º Seminário de Iniciação Científica
De 20/10/2008 à 24/10/2008
Análise do tempo de exposição de resíduos lignocelulósicos de pupunheira para extração das fibras visando a caracterização anatômico-morfológica e aplicação em compósitos
- MARINA ZAMBONATO FARINA, Graduando, marina.zambonato@univille.net
- Denise Abatti Kasper Silva, Dr(a), denise.abatti@univille.net
- Styfanie Gonçalves de Lima, Graduando, styfanie.lima@univille.net
- Silke Gehrmann, Graduando, silke.bio@gmail.com
- Karin Esemann de Quadros, Dr(a), karin@univille.net
- Ana Paula Testa Pezzin, Dr(a), anapezzin@yahoo.com.br
Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville
Palavras-chave: extração, fibras vegetais, compósitos
O palmito juçara (Euterpe edulis Martius), nativo das regiões onde ocorre a Floresta Ombrófila Densa, é largamente comercializado apesar de ser protegido por legislação específica, pois quase foi extinto em seu habitat natural. Em geral, sua extração e comercialização ocorrem de forma clandestina. Uma alternativa, encontrada para diminuir o impacto sobre o palmito juçara é o cultivo do palmito pupunha (Bactris gasipaes H.B.K.) que ocorre naturalmente no norte do Brasil, e por cultivo na região de Joinville. No entanto, a extração do palmito de pupunha gera grande quantidade de resíduos. As fibras presentes nesses resíduos podem ser aplicadas, na confecção de compósitos com resina poliéster insaturada, visando à geração de produtos, podem ser uma alternativa viável para minimizar o seu impacto ambiental.Este estudo teve como objetivo avaliar o melhor tempo de extração dessas fibras de modo a garantir sua extração sem, no entanto serem danificadas. As bainhas e as nervuras centrais dos segmentos foliares, onde se encontram as fibras desejadas, foram coletadas em uma propriedade rural da região do Quiriri em Joinville/SC. Já no laboratório, as bainhas foram raspadas para a remoção de espinhos e as nervuras foram separadas manualmente uma a uma. Em seguida ambas foram colocadas em vidros diferentes e imersas em solução de ácido acético glacial e peróxido de hidrogênio 30V na proporção 50:50 em volume, acondicionadas em estufa a 60°C e retiradas em tempos pré-determinados com base em literatura, lavadas com água destilada, até completa remoção da solução ácida e acondicionadas em solução alcoólica a 70%. A análise das fibras foi realizada em microscópio óptico e verificou-se que os segmentos foliares apresentaram maior quantidade de fibras em relação às bainhas e o tempo de imersão considerado ótimo foi de 20h. Já as bainhas apresentaram maior quantidade de células de parênquima. A próxima etapa consiste na confecção das mantas a partir das fibras das nervuras centrais dos segmentos foliares na composição de materiais compósitos de fibras com resina poliéster insaturada.
Apoio / Parcerias: Fap_Univille
ISSN: 1807-5754