13º Seminário de Iniciação Científica

De 20/10/2008 à 24/10/2008

Aspectos do Patrimônio Cultural: a ação educativa no Museu de Arte e na Escola

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Museu , Mediação Cultural, Arte

Ao longo da pesquisa sobre mediação cultural no espaço do museu de arte, percebe-se a partir da literatura que o “monitor” é um dos agentes da ação educativa no museu. Nesse contexto esse educador é considerado um “mediador cultural” instigador de saberes e olhares. Uma das questões apontadas pela pesquisa a respeito da monitoria no contexto do MAJ é a não permanência de uma equipe fixa nas ações educativas, tendo em vista, que a duração do contrato de estagiários é temporário, de dois anos, dificultando o trabalho educacional seqüenciado e impossibilitando ações educativas mais concisas para formação de público visitante do Museu. Uma referência de função educativa em museus é o desenvolvido pelo Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca de São Paulo, com programas educativos que abrangem Visitas Educativas, oferecidas para qualquer grupo organizado que as agendem previamente, tanto para o acervo, quanto para algumas exposições temporárias; Encontros Preparatórios para Professores; atendimento a públicos especiais, dentre outras. No contexto da pesquisa constata-se que a ação mediadora envolve uma série de fatores importantes na formação de um público cada vez mais variado nos museus. Portanto, é preciso ter consciência da complexidade que envolve essa ação especialmente o público que visita os museus, pois são relações complexas de natureza educacional, cultural, social e, sobretudo, de narrativa ideológica. É importante ter consciência do tipo de discurso que é oferecido no espaço do museu, suas limitações, seu potencial e para quem se fala. A mediação que geralmente é provocada dentro de três parâmetros gerais: obra, mediador, leitores. Também há outras instâncias envolvidas nessas ações especialmente o contexto e como esse interfere na ação educativa. A literatura pesquisada aponta estratégias de comunicação que visam informar, partilhar, convencer e seduzir. Os mediadores devem priorizar a experiência estética de seus visitantes, instigando-os não com respostas prontas, mas sim com perguntas que auxiliem principalmente o público leigo na construção de repertório visual, rompendo com a antiga idéia de contemplação, envolvendo-os e provocando-os. As ações lúdicas devem ser exploradas através de jogos e oficinas, pois são descentralizadores e deslocam a maneira de pensar proporcionando assim, uma apropriação de conhecimentos e experiências estéticas. A acessibilidade dos museus pode e deve ser revista, assim como os processos educativos nesses espaços e os professores não devem deixar de estimular seus alunos a visita aos espaços dos museus.

Apoio / Parcerias: UNIVILLE; FAP

ISSN: 1807-5754