13º Seminário de Iniciação Científica

De 20/10/2008 à 24/10/2008

Infância na família e na escola: uma comparação entre personagens da literatura infantil

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Literatura Infantil, Literatura Comparada, Infância

O trabalho de iniciação que está em desenvolvimento neste ano de 2008 é uma continuação da pesquisa realizada no ano passado: comparar Emília – personagem da literatura infanto-juvenil brasileira bem construída por Monteiro Lobato mas pouco conhecida fora do Brasil – com Pinóquio – personagem italiano consagrado da literatura infantil criado por Carlo Collodi – e com Píppi Meialonga – personagem sueca escrita por Astrid Lindgren, vencedora do Prêmio Hans Christian Andersen, considerado o “Nobel” da literatura infanto-juvenil -, mas agora com o foco no caso da família e da escola, observando qual é a visão da literatura infantil sobre esses dois elementos fundamentais na formação do caráter das crianças. Estão sendo lidos e relidos livros teóricos e ficcionais, com o olhar voltado à família e à escola; e, mais uma vez, se está demonstrando a densidade da Emília. Emília era uma boneca de pano, que não tinha nem pai nem mãe, mas morava no Sítio do Pica-Pau Amarelo com outros personagens. Não ia à uma instituição chamada escola, mas aprendia no dia-a-dia, na prática, no Sítio ou em viagens com o Pó-de-Pirlimpimpim. Gostava de ouvir histórias, inclusive escreveu suas próprias memórias. Pinóquio era um pedaço de madeira já falante que foi transformado numa marionete por Gepeto, seu pai. Pinóquio era aventureiro e sempre estava longe de casa. Não se interessava pelos estudos, até que se adaptou à sociedade, indo à escola e trabalhando para cuidar de seu pai na velhice. Foi transformado em menino pela Fada Azul, que em vários momentos cumpre a função maternal. Píppi Meialonga era uma menina de nove anos que morava sozinha, pois sua mãe morreu quando ela era um bebê e, seu pai era um capitão de navio que após uma tempestade no mar havia desaparecido. A menina sabia escrever poucas letras e não gostava da escola. A comparação está demonstrando qual o olhar da literatura infantil em diferentes épocas, lugares e culturas sobre os aspectos familiar e escolar, e evidenciando, novamente, a superioridade de Emília.

ISSN: 1807-5754