5º Seminário Integrado de Ensino, Pesquisa e Extensão

De 18/05/2009 à 22/05/2009

Avaliação de técnicas de reprodução em laboratório para ostras nativas Crassostrea brasiliana (Lamarck, 1819)

Universidade da Região de Joinville, UNIVILLE, Joinville

Palavras-chave: Aquicultura, ostra, reprodução

O estado de Santa Catarina é responsável pela maior parte da produção nacional de ostras. Os cultivos são realizados em escala comercial, principalmente pelo investimento em tecnologias desenvolvidas especificamente no cultivo da ostra do Pacífico (Crassostrea gigas) e pela produção regular de sementes em laboratório. A C. gigas, espécie de águas frias adaptou-se muito bem ao cultivo na região sul do país. Contudo, esta espécie não tem potencial para o cultivo nas regiões norte e nordeste do país, bem como nas áreas estuarinas da região sudeste e sul, que apresentam águas mais quentes. Nestas regiões, apesar de existirem locais com potencial para o cultivo em escala comercial, grande parte das ostras vem da extração de estoques naturais e da produção de forma artesanal para subsistência, com sementes provenientes da coleta no ambiente. Neste sentido, é fundamental oferecer uma alternativa de desenvolvimento para estas regiões utilizando-se de espécies de ostras nativas. Com intuito de contribuir para a produção de ostras nativas este experimento teve como objetivo comparar a eficiência de duas técnicas de reprodução em laboratório utilizando a espécie C. brasiliana: “Strip” ou sacrifício e indução. Para a técnica de sacrifício 68 animais foram abertos, avaliados, separados por sexo. Os gametas femininos foram retirados em água salgada, peneirados e quantificados totalizando aproximadamente 68 milhões de ovócitos. Os espermatozóides foram retirados e peneirados. A fertilização foi realizada subseqüentemente em baldes de 20 l. Em seguida, a solução foi transferida para um tanque de 6.000 l com água marinha 34 ‰. Para a desova por indução outros 68 animais foram colocados em calha de desova para a depuração. A desova foi induzida com o aumento de temperatura. Quando os animais iniciaram a desova foram transferidos para um segundo tanque de 6.000 l. Após 30h da fertilização, os tanques foram esvaziados, as larvas foram retidas em peneiras com malha de 35 microns e quantificadas câmaras de Sedgewick Rafter. Observou-se 24.999.000 larvas em estágio “D” com mobilidade e bem formadas quando se utilizou a técnica de desova induzida e 493.300 larvas em estágio “D”, com mobilidade e bem formadas, quando se utilizou da técnica de sacrifício dos animais. Conclui-se que para a reprodução da espécie C. brasiliana, em laboratório, a técnica de desova induzida mostrou-se bem mais eficiente quando comparada à técnica de sacrifício dos animais.

Apoio / Parcerias: Apoio financeiro: CT-HIDRO/CT-AGRO/MCT/SEAP-PR/FINEP, UFSC e UNIVILLE.

ISSN: 1808-1665